A disputa entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto sobre a taxação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) roubou a cena no Fórum de Lisboa, evento que reúne líderes políticos e especialistas em economia. O impasse, que já dura semanas no cenário doméstico, ganhou projeção internacional durante os debates.
De um lado, o governo defende a manutenção das alíquotas atuais como forma de garantir receita para programas sociais. Do outro, parlamentares argumentam que a medida sufoca o crédito e prejudica a retomada econômica. "Estamos diante de um impasse que reflete a complexidade do momento econômico", analisou um dos participantes do painel.
Impactos na economia brasileira
Especialistas presentes ao evento destacaram três possíveis cenários:
- Manutenção do status quo, com continuidade da judicialização do tema
- Acordo político com redução parcial das alíquotas
- Radicalização do conflito, com medidas mais drásticas de ambas as partes
O ministro da Economia, que participou virtualmente do encontro, afirmou que "o governo está aberto ao diálogo, mas não pode abrir mão de recursos essenciais". Já líderes congressuais presentes no local criticaram o que chamaram de "teimosia do Executivo".
Repercussão internacional
O embate chamou atenção de observadores estrangeiros, que veem na crise um teste para a governabilidade no atual mandato presidencial. Analistas europeus destacaram que a disputa pode influenciar a confiança de investidores no país.
O Fórum de Lisboa, que tradicionalmente discute temas globais, acabou tendo a política brasileira como um dos assuntos mais comentados nos bastidores. A próxima rodada de negociações entre os poderes está marcada para a semana que vem em Brasília.
