Numa fala que ecoou como um trovão nos corredores do poder, Romeu Zema — o governador mineiro que nunca teve papas na língua — soltou o verbo contra o presidente Lula. E não foi pouco. Segundo ele, o governo federal está patinando numa lama de erros e indecisões que, convenhamos, nem um time de sambista bêbado conseguiria repetir.
"Quando você erra uma vez, é humano. Quando erra dez, é descuido. Mas quando erra sistematicamente como tem feito o atual governo, aí já é caso de estudo", disparou Zema, com aquela cara de quem acabou de chupar um limão. O mineiro, conhecido por seu estilo direto — às vezes até demais — não poupou críticas à gestão econômica, que segundo ele "parece um carro sem freio descendo a serra da Mantiqueira".
O xadrez político e os peões desgarrados
Não é de hoje que Zema e Lula trocam farpas como dois garimpeiros disputando o último diamante. Mas desta vez, o tom foi diferente. Mais ácido. Mais pessoal. Quase como aquelas brigas de família que terminam com alguém jogando o peru de Natal pela janela.
Entre os principais pontos criticados pelo governador:
- A política fiscal, que ele define como "contabilidade criativa digna de conto de fadas"
- O excesso de ministérios — "um verdadeiro zoológico político onde cada bicho quer seu pedaço de carne"
- A falta de clareza nas relações internacionais, comparada por Zema a "namorar cinco pessoas ao mesmo tempo sem saber qual você quer realmente"
E olha que isso foi só o aperitivo. O prato principal veio quando o assunto foi a segurança pública. "Enquanto o governo federal brinca de fazer discurso, o povo brasileiro está sendo assaltado, sequestrado e morto nas ruas", disparou, com os olhos arregalados de quem já viu essa história antes e sabe como termina.
O contra-ataque (ou a falta dele)
Do outro lado, o Planalto parece ter adotado a estratégia do avestruz — enterrar a cabeça e esperar a poeira baixar. Até agora, nenhuma resposta à altura das críticas. Apenas aquele silêncio constrangedor de quem foi pego com a mão no pote de biscoitos.
Especialistas ouvidos — aqueles que ainda não fugiram para Portugal — apontam que essa troca de farpas não é mero acaso. "Estamos vendo o pré-carnaval da eleição de 2026", diz um cientista político que preferiu não ter seu nome associado a essa bagunça. "Zema está posicionando seu peão no tabuleiro, e Lula... bem, Lula parece estar jogando damas enquanto os outros jogam xadrez."
Enquanto isso, o brasileiro médio — aquele que paga impostos e ainda assim precisa escolher entre comprar remédio ou comida — assiste a tudo como plateia de um teatro do absurdo. Resta saber se esse espetáculo terá um final feliz ou se vai terminar como a maioria das novelas globais: com todo mundo infeliz e o público se perguntando por que perdeu tempo.
