União Brasil e PP selam megafederação e criam a maior força política do Congresso e dos municípios
União Brasil e PP criam maior federação política do país

E não é que a poeira baixa no planalto central com uma daquelas manobras que a gente só vê de vez em nunca? Pois é. Aconteceu.

União Brasil e PP — dois gigantes que andavam de flerte há tempos — resolveram oficializar o casamento. E que casamento! Não foi só um aperto de mãos e um discurso bonito. Eles criaram uma superfederação que, olha só, já nasce sendo a maior do Congresso e com uma base municipal que dá voltas no mapa.

Estamos falando de uma bancada conjunta que soma 125 deputados federais e 18 senadores. Números que falam — e alto. No Senado, a força é tanta que chega a 22% das cadeiras. Alguém ainda duvida que eles vão ditar o ritmo das votações?

Nos municípios, uma teia quase sem fim

Mas o mais impressionante, pra ser sincero, nem é o Congresso. É na base, lá nos municípios, que a coisa fica realmente séria. Juntos, os dois partidos têm mais de 13 mil prefeitos. Treze mil! É gente que governa de metrópole a cidadezinha do interior, espalhada por cada canto desse Brasil.

Isso aqui não é só sobre Brasília, não. É sobre quem controla o asfalto, o posto de saúde, a merenda da escola. É poder real, direto.

E os bastidores? Como é que ficou?

O negócio foi costurado a portas fechadas, como sempre, mas vazou alguns detalhes. A presidência da federação vai rodar entre eles — dois anos cada. Começa com o União Brasil. Uma dança das cadeiras que, convenhamos, sempre dá o que falar.

E olha, ninguém fez isso por amizade. É cálculo puro. Uma jogada de mestre para as próximas eleições, para disputar ministérios, para ter peso real na formação do governo. Uma aposta altíssima no futuro.

O que muda na prática?

Tudo e nada. A vida segue, mas o jogo de poder acaba de virar. Com uma bancada dessa magnitude, fica praticamente impossível aprovar qualquer coisa sem passar pelo crivo dessa galera. Orçamento, reformas, nomeações… Tudo.

É a maior força política já organizada sob o guarda-chuva de uma federação partidária. E aí, o placar da política brasileira pode ter virado de uma vez por todas.