
O governo de Tarcísio de Freitas, em São Paulo, está no centro de uma polêmica após parlamentares brasileiros apontarem falhas na resposta às recentes declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que atacou o Brasil em um discurso inflamado.
Segundo fontes do Congresso, a reação do executivo paulista foi considerada "tímida" e "desproporcional" à gravidade das acusações feitas pelo líder republicano, que incluem alegações infundadas sobre a política ambiental brasileira.
O que disse Trump?
Em evento realizado na Flórida, o ex-presidente norte-americano fez críticas duras ao Brasil, mencionando supostos "acordos prejudiciais" e "falta de reciprocidade" nas relações bilaterais. As declarações foram interpretadas como tentativa de influenciar eleitores da comunidade brasileira nos EUA.
Reação política
Líderes de partidos de oposição e até mesmo aliados do governo estadual manifestaram preocupação:
- A deputada federal Marina Silva (Rede-SP) classificou o silêncio inicial de Tarcísio como "inaceitável"
- O senador Carlos Viana (PL-MG) pediu posicionamento mais firme do governo paulista
- Especialistas em relações internacionais alertam para riscos à imagem do Brasil no exterior
Desdobramentos
Após 48 horas de críticas, o Palácio dos Bandeirantes emitiu nota afirmando que "as relações Brasil-EUA transcendem declarações isoladas", mas muitos analistas consideram o dano já consolidado. O episódio reacendeu debates sobre a estratégia de política externa do governo estadual.
Enquanto isso, o Itamaraty mantém silêncio sobre o caso, indicando possível desconforto com a exposição negativa. O próximo capítulo desta crise diplomática pode se desenrolar nas próximas semanas, quando está prevista visita de comitiva norte-americana a São Paulo.