
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou nesta segunda-feira (7) que considera "pouco provável" que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancione a proposta de aumento no número de deputados federais. Apesar da divergência, o ministro negou que haja polarização entre o governo e o Congresso Nacional.
Contexto da proposta
A PEC que prevê a expansão de 20% nas cadeiras da Câmara dos Deputados foi aprovada em primeiro turno na semana passada, gerando debates acalorados. Defensores argumentam que a medida atualiza a representatividade populacional, enquanto críticos apontam custos adicionais e oportunismo político.
Posicionamento do governo
Em entrevista coletiva, Rui Costa manteve o tom diplomático:
- "O presidente Lula tem demonstrado historicamente cautela com reformas que alteram a estrutura do Legislativo"
- "Este governo valoriza o diálogo permanente com todas as bancadas"
- "As divergências pontuais não significam ruptura"
Impactos políticos
Analistas ouvidos pelo G1 destacam que a resistência do Planalto à proposta pode testar a relação com o centrão, que apoia a medida. Entretanto, Rui Costa minimizou o impacto:
"Temos 99% de convergência e 1% de divergência com o Congresso. Isso é saudável numa democracia", afirmou o ministro, lembrando a recente aprovação de projetos prioritários do governo.
A decisão final sobre a sanção deverá ocorrer após a conclusão da votação no Legislativo, que ainda precisa aprovar a PEC em segundo turno.