Polêmica no Congresso: Projeto sobre 'adultização' de crianças avança após vídeo de influencer
Projeto sobre adultização infantil avança após polêmica com Felca

O plenário da Câmara esquentou esta semana com um debate que mistura redes sociais, infância e legislação. Tudo começou quando um vídeo do influenciador Felca — aquele mesmo que viraliza com humor ácido — acabou virando combustível para uma discussão séria.

O caso? Crianças agindo como adultos em conteúdos digitais. Parece exagero? Pois deputados de diferentes bancadas garimpam exemplos mais absurdos que novela das nove.

O estopim

Na terça-feira (23), um projeto que estava encalhado desde 2021 simplesmente furou a fila de votação. A proposta, que pune quem "induzir crianças à adultização precoce", ganhou urgência após repercutirem imagens de menores em situações inadequadas.

E olha que curioso: o texto original nem mencionava redes sociais. Mas depois que um trecho do Felca mostrando esses absurdos viralizou, os parlamentares resolveram atualizar a linguagem. Coisa de quem acordou tarde para o bonde digital, não?

Os dois lados da moeda

De um lado, os defensores argumentam que é preciso proteger a inocência infantil. "Alguns conteúdos transformam crianças em miniadultos, com roupas, gestos e falas completamente inadequados", dispara uma deputada que prefere não se identificar.

Já a oposição alerta para o perigo de censura disfarçada. "Onde começa a proteção e termina a invasão da liberdade artística?", questiona um parlamentar enquanto ajusta os óculos, visivelmente incomodado.

E no meio disso tudo, as plataformas digitais? Quietinhas como quem não tem nada com isso. Será mesmo?

O que diz o projeto

  • Multas pesadas para quem expuser crianças a situações de "adultização forçada"
  • Inclusão do crime no Estatuto da Criança e do Adolescente
  • Responsabilização de produtores de conteúdo, não apenas dos pais

Detalhe: a redação ainda está cheia de brechas. Algumas tão grandes que caberia um caminhão de brinquedo. Juristas já avisam — vai dar pano pra manga na hora de definir o que é "comportamento adulto" em crianças.

Enquanto isso, nas redes sociais, a discussão esquenta. De um lado, pais agradecendo a iniciativa. De outro, criadores de conteúdo reclamando de "moralismo antiquado". E você, em qual time está?