
Os números chegaram e não são nada animadores para o Planalto. A mais recente pesquisa Quaest, divulgada nesta terça-feira, mostra um retrato bastante preocupante da avaliação do governo Lula. A reprovação atingiu nada menos que 44% - um salto e tanto comparado aos 36% do último levantamento.
E tem mais: a aprovação total despencou de 39% para 33%. São seis pontos percentuais que simplesmente evaporaram. Quem diria, hein? Aquele otimismo do início do governo parece estar dando lugar a um ceticismo cada vez mais palpável.
O que está por trás dessa virada de mesa?
O levantamento, encomendado pelo Banco Genial, ouviu 2 mil eleitores em 121 municípios entre 16 e 19 de agosto. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais – então não, não dá para culpar a metodologia.
Os especialistas apontam para uma tempestade perfeita: a crise política com os estados, a situação econômica que não engrena de vez, e aquela sensação geral de que as coisas não estão andando como deveriam. O povo está impaciente, e os números gritam isso.
Os detalhes que doem
Quando a gente abre os dados, a situação fica ainda mais interessante. A aprovação total caiu, mas a parcial se manteve estável em 21%. Traduzindo: tem gente que ainda está dando o benefício da dúvida, mas com ressalvas. Quanto à reprovação, bem... 29% agora reprovam de forma branda, enquanto 15% não perdoam nada – reprovação dura na veia.
E olha só isso: a taxa de aprovação pessoal do presidente caiu de 52% para 49%. Parece pouco, mas em política até meio ponto percentual importa. A reprovação pessoal, claro, subiu – de 42% para 45%.
Regionalmente, a coisa muda de figura
No Nordeste, tradicional reduto petista, a aprovação ainda resiste a 47%. Já no Sul... bem, no Sul a reprovação disparou para 61%. Uma divisão geográfica que reflete muito do que a gente já via nas urnas, mas que agora se acentua de forma preocupante.
Por faixa etária, os jovens entre 25 e 34 anos são os mais críticos – 50% de reprovação. Quem diria que a paciência dos mais novos seria tão curta?
E agora, José?
O governo certamente vai ter que digerir esses números com cuidado. Porque quando a reprovação supera a aprovação de forma tão clara, o sinal amarelo começa a piscar forte. Resta saber que medidas o Planalto vai tomar para tentar reverter esse quadro.
Uma coisa é certa: o segundo ano de governo promete ser bem mais desafiador que o primeiro. E os números da Quaest são a prova viva disso.