Parecia que a poeira tinha baixado, mas a calmaria foi só ilusória. A oposição, que havia dado uma respirada nos últimos dias, voltou à carga com tudo no Congresso — e dessa vez parece que veio pra ficar.
Os partidos de oposição, que vinham adotando uma postura mais discreta nas últimas semanas (algo que muitos analistas interpretaram como um recuo tático), agora estão se reposicionando como um verdadeiro enxame de abelhas irritadas. E o alvo? O governo federal.
Jogo de xadrez político
Não foi por acaso aquela aparente trégua. Fontes próximas aos líderes partidários revelam que o "recuo" foi calculado com precisão cirúrgica. "Às vezes é preciso dar um passo atrás para ganhar impulso", comentou um deputado que preferiu não se identificar — porque, convenhamos, nesse jogo de poder ninguém quer mostrar as cartas muito cedo.
Os principais partidos de oposição estão agora:
- Articulando novas frentes de pressão
- Preparando uma série de requerimentos e projetos
- Costurando alianças com partidos do centrão
E o timing? Impecável. A movimentação coincide com o início da votação de medidas polêmicas do governo no plenário. Coincidência? Difícil acreditar.
O cerco se fecha
Enquanto isso, nos bastidores, o clima é de preparação para batalha. Reuniões se multiplicam nos gabinetes, mensagens voam pelos grupos de WhatsApp, e aqueles cafezinhos nos corredores do Congresso nunca pareceram tão estratégicos.
— O governo está subestimando a capacidade de reação da oposição — disparou um senador veterano, entre um gole de café e outro. — Eles vão se surpreender.
O plano, segundo fontes, é criar um verdadeiro cerco legislativo. Imagine uma teia de aranha — só que feita de projetos de lei, requerimentos e comissões parlamentares de inquérito. A estratégia? Tornar a vida do governo tão difícil que eles terão que negociar cada centímetro de agenda.
E o pior (ou melhor, dependendo de que lado você está): parece que dessa vez a oposição aprendeu com os erros passados. Em vez de ataques dispersos, estão optando por uma abordagem mais coordenada — como um exército que finalmente descobriu como usar todas as suas armas ao mesmo tempo.
