
O clima na Câmara dos Deputados está mais pesado que café de terceira infusão. E não é só por causa do ar-condicionado quebrado — que, diga-se de passagem, só piora as coisas. O líder da oposição, com cara de quem acabou de morder um limão, soltou a bomba: 'O Brasil deixou de ser uma democracia'. E aí, como era de se esperar, o pandemônio se instalou.
Não foi um comentário jogado ao vento. O deputado — que prefere o anonimato hoje, mas todos sabem quem é — trouxe dados, citou casos, e até mencionou aquela história do mensalão como se fosse ontem. 'Quando o Judiciário vira palco político e o Congresso vira cabide de emprego, cadê a democracia?', questionou, com aquele tom de quem já perdeu as esperanças.
Os pontos que incendiaram o debate
- Controle da mídia: 'Quem ousa criticar leva processo até por tweet de 2012', disparou
- Judiciário na berlinda: 'Decisões saem como encomenda, não como justiça'
- Eleições? Só no papel: 'Campanhas são decididas por quem tem mais grana, não por ideias'
Do outro lado, os governistas rebateram como torcida organizada. Chamaram de 'teatro da oposição desesperada' e lembraram que, sim, as urnas eletrônicas continuam lá — e funcionando. Mas convenhamos: ninguém parece convencido de nada.
E o povo com isso?
Enquanto isso, nas ruas, o Zé da Esquina resumiu tudo enquanto tomava uma cerveja morna: 'Democracia? Aqui é terra de ninguém, meu patrão'. E a fila do osso cresce. Ironicamente, debaixo de um outdoor que diz 'O Brasil está no caminho certo'.
O que mais assusta não é a declaração em si — política sempre foi briga de foice no escuro. Mas o silêncio ensurdecedor de quem deveria estar gritando. Ou será que a gente já se acostumou com o cheiro de podre?