Lula Reafirma Parceria com Cuba em Defesa do Programa Mais Médicos, Mesmo Sob Pressão dos EUA
Lula mantém parceria com Cuba no Mais Médicos após sanções EUA

Numa jogada que deixou muitos de boca aberta, o presidente Lula saiu em defesa ferrenha do programa Mais Médicos e da relação do Brasil com Cuba, mesmo depois que os Estados Unidos apertaram o cerco com novas sanções à ilha caribenha. E olha que a pressão é grande — mas parece que o mandatário brasileiro tá pouco se lixando para as ameaças do Tio Sam.

"A saúde pública não pode ser refém de disputas geopolíticas", disparou Lula, com aquela cara de pau que só ele tem. O programa, que já trouxe mais de 20 mil médicos cubanos para atender nos rincões do Brasil, é "essencial" e vai continuar, segundo ele. Palavras duras, ainda mais num momento em que Washington decidiu congelar ativos cubanos no exterior.

O Jogo Geopolítico por Trás dos Jalecos Brancos

Não é segredo pra ninguém que o Mais Médicos sempre foi um cabo de guerra diplomático. De um lado, Cuba ganha divisas (e influência) exportando profissionais. Do outro, o Brasil preenche lacunas onde nem o SUS consegue chegar direito. Agora, com as sanções dos EUA — que incluem até restrições a remessas de cubano-americanos —, a parceria fica ainda mais espinhosa.

Mas Lula, esse velho raposo da política, parece ter calculado cada movimento:

  • Timing perfeito: A declaração veio logo após críticas da oposição, que acusa o governo de "financiar ditadura"
  • Jogada interna: Agrada a base aliada, especialmente partidos de esquerda que idolatram o modelo cubano
  • Sinal externo: Mostra que o Brasil não vai se curvar a pressões estrangeiras — pelo menos não nesse governo

E os EUA? Tão Putos Quanto Parecem?

Bom, oficialmente o Departamento de Estado evitou comentar diretamente sobre o caso brasileiro. Mas fontes próximas à embaixada americana em Brasília soltaram uns "off the record" preocupados. O medo? Que outros países da América Latina sigam o exemplo e relaxem suas próprias restrições a Cuba.

"É uma faca de dois gumes", analisa um professor de relações internacionais que preferiu não se identificar. "Por um lado, Washington quer isolar Havana. Por outro, precisa do Brasil como aliado em outras frentes, como comércio e meio ambiente."

Enquanto isso, nos bastidores, rola um verdadeiro xadrez diplomático:

  1. O Itamaraty já teria avisado que não vai rever acordos assinados
  2. Cuba agradeceu publicamente o apoio brasileiro
  3. Os EUA estudam se retaliar indiretamente, talvez atrasando algum acordo comercial

No meio desse turbilhão, quem sai ganhando — pelo menos por enquanto — são os municípios brasileiros que dependem dos médicos cubanos. "Aqui no interior do Piauí, sem eles a gente estaria perdido", confessa uma enfermeira que trabalha há 12 anos num posto de saúde. Resta saber até quando esse jogo vai continuar assim.