
O clima em Brasília está mais tenso do que um fio de aço prestes a arrebentar. Com a prisão de Jair Bolsonaro, o presidente Lula não esconde que tem dormido pouco — e quando dorme, sonha com pesadelos políticos. Não é para menos. O que parecia um capítulo encerrado na história recente do país virou um caldeirão prestes a ferver.
Fontes próximas ao Planalto contam, em off, que o maior temor de Lula não é a reação dos bolsonaristas — até porque, convenhamos, barulho nas redes sociais todo mundo já está acostumado. O buraco é mais embaixo. O que tira o sono do presidente é a possibilidade de uma reação em cadeia, algo como um dominó político que ninguém sabe onde vai parar.
O jogo de xadrez que ninguém controla
Entre um cafezinho e outro nos corredores do poder, analistas cochicham sobre três cenários que assombram Lula:
- O efeito "mártir": Bolsonaro preso pode virar bandeira de oposição mais potente que Bolsonaro solto
- A fúria das instituições: Até onde o Judiciário está disposto a ir? E o Congresso?
- A economia, sempre ela: Como os mercados vão reagir a essa instabilidade prolongada?
Não é segredo pra ninguém que Lula sempre foi um mestre na arte da negociação política — mas dessa vez, o tabuleiro parece ter peças que nem ele conhece direito. "É como jogar xadrez com as regras mudando a cada jogada", comentou um assessor, pedindo anonimato.
E os aliados? Nem tão aliados assim...
O que mais chama atenção — e aqui vai uma análise que você não vê em todo lugar — é o silêncio ensurdecedor de parte da base governista. Alguns até comemoraram a prisão nos bastidores, mas na hora de defender publicamente? Muitos sumiram. "Tem gente com medo de que amanhã a roda vire", confidenciou um deputado.
E não é pra menos. A história política brasileira está cheia de exemplos de como essas crises podem engolir até quem achava que estava só assistindo. Lula sabe disso melhor que ninguém — afinal, ele já esteve dos dois lados desse jogo.
Enquanto isso, nas ruas, o brasileiro médio — aquele que paga as contas no fim do mês — parece mais preocupado com o preço do feijão do que com essa briga de titãs. Mas como diz o ditado: "Quando elefantes brigam, quem se machuca é o gramado". E nesse caso, o gramado somos todos nós.