Lula e Congresso travam disputa pelo poder de veto: quem manda mais no Orçamento?
Lula e Congresso travam disputa pelo Orçamento federal

Uma batalha silenciosa pelo controle da caneta que define os rumos do Orçamento federal coloca o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional em lados opostos. O presidente Lula e os parlamentares travam um cabo de guerra sobre quem terá a última palavra na execução orçamentária de 2024.

O cerne da disputa

No centro do conflito está a PEC 13/2023, proposta pelo Legislativo para limitar os vetos presidenciais a emendas parlamentares. O texto, aprovado pela Câmara, pretende blindar parte das emendas de relator (RP9) e individuais do poder de veto do Executivo.

Os argumentos de cada lado

  • Congresso: Alega que o presidente estaria descumprindo acordo tácito de não vetar emendas essenciais
  • Planalto: Defende que vetos são instrumentos legítimos para garantir equilíbrio fiscal

Números do impasse

Até novembro, Lula havia vetado R$ 5,9 bilhões em emendas, sendo:

  1. R$ 3,6 bilhões em RP9
  2. R$ 2,3 bilhões em individuais

O Congresso, por sua vez, derrubou 47% desses vetos, demonstrando a força da bancada parlamentar quando unida.

O que está em jogo

A disputa vai além de valores específicos - trata-se de quem controla o fluxo do dinheiro público. Especialistas apontam que:

  • O Executivo busca preservar sua capacidade de direcionar recursos
  • O Legislativo quer garantir sua influência na distribuição de verbas

Próximos capítulos

O Senado deve votar a PEC ainda este mês. Analistas políticos acreditam que:

  • A aprovação significaria uma vitória do Congresso
  • A rejeição manteria o status quo, com Lula mantendo maior poder de veto