O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu não se pronunciar sobre a promulgação do Dia da Amizade com Israel, deixando a tarefa para o senador Davi Alcolumbre. A medida, que já havia sido aprovada pelo Congresso, agora será oficializada sem a participação direta do chefe do Executivo.
Segundo fontes próximas ao Planalto, a decisão de Lula reflete uma estratégia para evitar polêmicas em um tema sensível, especialmente em meio a tensões internacionais envolvendo o conflito entre Israel e Palestina. Alcolumbre, por sua vez, assume o protagonismo na cerimônia de promulgação.
Contexto político
A criação do Dia da Amizade com Israel foi proposta como uma forma de fortalecer os laços diplomáticos e comerciais entre os dois países. No entanto, a postura de Lula tem sido alvo de críticas por parte de setores que esperavam um posicionamento mais claro do governo.
Analistas políticos destacam que a ausência de Lula no evento pode ser interpretada como um sinal de cautela, dado o histórico do presidente em abordar questões relacionadas ao Oriente Médio. Enquanto isso, Alcolumbre, que tem forte ligação com a comunidade judaica no Brasil, reforça sua imagem como um dos principais interlocutores do tema no Legislativo.
Repercussão
A decisão já começa a gerar reações entre parlamentares e entidades da sociedade civil. Enquanto alguns elogiam a postura discreta de Lula, outros veem nela uma falta de compromisso com uma agenda que deveria ser prioritária para o governo.
O Dia da Amizade com Israel será celebrado anualmente em 23 de junho, data que marca o aniversário da primeira visita oficial de um presidente brasileiro ao país.
