
Numa fala que misturava orgulho nacional e um toque de ironia política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva soltou o verbo nesta quinta-feira. E como sempre, não deixou por menos.
"Tem gente que ainda vive nos anos 1980", disparou, num claro recado às recentes declarações de Donald Trump — que ameaçou taxar produtos brasileiros caso seja reeleito nos EUA. "O Brasil deixou de ser Terceiro Mundo quando ainda usávamos calças boca-de-sino e assistíamos a novela em preto e branco."
O Brasil que muitos não veem
Enquanto o noticiário internacional insiste em retratar o país como eterno "país do futuro", Lula apresentou números que, convenhamos, fazem pensar:
- 7ª maior economia do planeta (e subindo)
- PIB agrícola que alimenta 1 bilhão de pessoas globalmente
- Tecnologia de ponta em energia verde e biocombustíveis
"Não somos mais aquela nação emergente que pedia esmola no FMI", reforçou o presidente, com aquela voz rouca de quem já viu o país passar por crises muito piores. "Hoje emprestamos dinheiro."
O elefante na sala: as tarifas de Trump
O timing não poderia ser mais estratégico. Enquanto o ex-presidente americano promete "guerra comercial" caso retorne à Casa Branca, Lula parece estar jogando xadrez geopolítico:
- Diversificou parceiros comerciais para a China e Índia
- Fortalecimento do Mercosul e acordos com a União Europeia
- Investimentos pesados em tecnologia e indústria nacional
"Se um dia fecharem as portas lá", comentou um assessor presidencial que preferiu não se identificar, "já temos janelas, portões e até claraboias abertas em outros lugares".
Economistas ouvidos pela reportagem concordam: o Brasil de 2025 não é o mesmo de 20 anos atrás. Mas será que o resto do mundo percebeu?