
O plenário da Câmara viveu ontem uma daquelas votações que fazem história — e a conta no bolso de milhões de brasileiros. A proposta que isenta do Imposto de Renda quem recebe até cinco salários mínimos, algo em torno de R$ 5 mil, passou com folga, mas não sem deixar claro onde cada político e partido se posicionam nessa discussão.
E olha, os números não mentem: foram 323 votos a favor contra apenas 122 contrários. Uma vitória expressiva, mas que esconde divisões importantes no cenário político.
O placar dos partidos: quem apoiou e quem torceu o nariz
O PT, sem surpresa alguma, abraçou a causa com unhas e dentes — todos os seus 68 deputados presentes votaram SIM. O PL, maior bancada da casa, também entrou na dança com 95 votos favoráveis, embora 7 de seus parlamentares tenham preferido ficar contra.
Agora, a coisa fica interessante quando olhamos para as legendas que tradicionalmente são mais cautelosas com medidas fiscais. O PSDB, por exemplo, se dividiu quase no meio: 10 a favor, 8 contra. Já o União Brasil mostrou certa coesão com 31 votos sim e apenas 4 não.
E tem aqueles que simplesmente não engoliram a proposta. O Novo, coerente com seu discurso de responsabilidade fiscal, votou CONTRA massivamente — 15 dos 16 deputados presentes rejeitaram a isenção.
As ausências que falam mais que presenças
Das 513 cadeiras da Câmara, 56 simplesmente não apareceram para votar. Isso representa mais de 10% do total — um número que não é exatamente baixo para uma votação considerada tão importante.
O PSD teve o maior número de faltosos: 11 deputados simplesmente não compareceram. O MDB ficou com 7 ausências, enquanto PL e PSDB tiveram 6 cada.
É aquela velha história: às vezes o que não se faz diz tanto quanto o que se faz.
E agora, o que esperar?
O projeto segue para o Senado, onde a batalha promete ser igualmente acirrada. Especialistas já alertam para os impactos nas contas públicas — estamos falando de uma renúncia fiscal bilionária, algo que não pode ser ignorado.
Mas o cidadão comum, ah, esse só quer saber de uma coisa: vai sobrar mais dinheiro no fim do mês ou não? A resposta ainda depende dos senhores senadores.
Enquanto isso, os deputados já mostraram suas cartas. E o eleitor, bem, o eleitor anota tudinho.