Hugo Motta reabre sessão na Câmara após protestos acalorados de bolsonaristas — veja os detalhes
Hugo Motta reabre Câmara após protestos bolsonaristas

Era pra ser mais um dia comum no Congresso, mas virou um verdadeiro cabo de guerra. Hugo Motta, aquele deputado que não foge da briga, conseguiu o que parecia impossível: reabrir a sessão após 48 horas de caos. Os apoiadores de Bolsonaro — gente fervorosa, diga-se — transformaram o plenário numa arena de gritos e cartazes.

Não foi fácil. Na terça-feira, a coisa esquentou tanto que até os seguranças suaram a camisa. "Parecia final de campeonato", comentou um assessor, esbaforido. Motta, porém, não é bobo. Articulou nos bastidores, conversou com aliados e, quando viu a brecha, meteu o pé na porta.

O jogo político por trás do tumulto

Os bolsonaristas? Queriam votar aquela pauta polêmica sobre investigações no STF. Só que o clima tava mais pra torcida organizada do que debate legislativo. "Isso aqui não é estádio!", berrou um parlamentar do centrão, quase perdendo a voz.

Curioso como, no meio do pandemônio, surgem alianças improváveis. Motta, que normalmente não é flor que se cheire para a oposição, ganhou apoio até de partidos de esquerda. "Quando o barco tá afundando, até rival vira salva-vidas", filosofou uma deputada, enquanto ajustava o microfone.

E agora?

O plenário voltou a funcionar, mas o clima continua elétrico. Especialistas ouvidos pela reportagem alertam: "Isso foi só o primeiro round". Com a votação adiada para semana que vem, ninguém duvida que os ânimos possam esquentar de novo.

Enquanto isso, nas redes sociais, a guerra de narrativas segue firme. De um lado, "golpistas"; do outro, "defensores da democracia". E o povo? Ah, o povo assiste a tudo isso como quem vê novela — entre a incredulidade e o cansaço.