
O clima em Brasília está mais tenso que fila de banco em dia de pagamento. Fontes próximas ao Planalto revelam que o governo Lula estuda medidas de resposta contra movimentos ligados a Ciro Gomes – e a coisa parece que vai esquentar.
Não é de hoje que o ex-candidato do PDT solta farpas contra o atual governo. Mas dessa vez, segundo me contaram entre um cafezinho e outro nos corredores do poder, a paciência acabou. O estopim? As críticas recentes de Ciro à condução econômica, que teriam ultrapassado o limite do aceitável para o Palácio.
O que está em jogo?
Entre as possíveis retaliações que circulam nos bastidores:
- Cortes em verbas públicas para projetos associados a aliados do pedetista
- Redução de espaços políticos no primeiro escalão
- Campanha de desgaste midiático coordenada
Um assessor que prefere não se identificar me confessou: "É aquela velha história – quem bate esquece, quem apanha não." Aparentemente, as críticas de Ciro teriam sido interpretadas como traição após o apoio tácito recebido em 2022.
E o PDT nisso tudo?
O partido, que já foi peça-chave no tabuleiro político, agora parece um jogador em crise de identidade. Enquanto a ala mais moderada tenta apaziguar os ânimos, os radicais – esses sim, com sangue nos olhos – defendem radicalização.
Numa dessas ironias da política brasileira, o mesmo Ciro que já foi ministro de Lula agora é tratado como adversário direto. E olha que nem estamos em ano eleitoral...
Especialistas ouvidos (entre um pastel e um caldo de cana, porque política séria também se faz na lanchonete) alertam: o risco é abrir uma frente desnecessária num momento em que o governo precisa de estabilidade. Mas quando o orgulho fala mais alto, a razão muitas vezes sai perdendo.
Enquanto isso, nas redes sociais, a militância petista já começa a afiar as garras. Nas esquinas do poder, o assunto domina os papos – e ninguém sabe direito como essa história vai terminar. Fica a dúvida: será estratégia ou puro calor do momento?