
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, fez declarações que reacenderam o debate sobre o separatismo sulista durante um evento político nesta terça-feira (18). Em seu discurso, o mandatário mencionou a ideia de um "país do Sul", levantando questionamentos sobre o teor da fala.
O contexto da declaração
Durante encontro com empresários em Florianópolis, Mello abordou questões econômicas e de infraestrutura da região Sul. Ao defender maior autonomia para os estados, afirmou: "Temos que fazer o país do Sul, de onde vem essa força separatista". A fala foi interpretada por alguns como uma provocação política.
Reações imediatas
O comentário gerou reações rápidas:
- Líderes de partidos de oposição classificaram a declaração como "irresponsável"
- Juristas lembraram que o separatismo é inconstitucional no Brasil
- Apoiadores do governador argumentaram que se tratava de uma "metáfora" sobre desenvolvimento regional
Posicionamento oficial
Horas após a polêmica, a assessoria do governo emitiu nota esclarecendo que "o governador não defende movimentos separatistas" e que sua fala foi "mal interpretada". O texto reforçou o compromisso de Mello com a unidade nacional e a Constituição Federal.
Histórico do debate
O tema do separatismo sulista periodicamente ressurge no debate público:
- 2016: Plebiscitos não oficiais ocorreram em algumas cidades
- 2017: STF proibiu organizações separatistas
- 2023: Projeto de lei tentou criminalizar a defesa da separação
Especialistas em direito constitucional destacam que qualquer movimento nesse sentido enfrentaria obstáculos jurídicos intransponíveis, além de falta de apoio popular majoritário.