
Não é de hoje que o clima político no Brasil parece saído de um roteiro de suspense — e a declaração de Gleisi Hoffmann só jogou mais gasolina na fogueira. A presidente nacional do PT não economizou nas palavras ao se referir aos apoiadores de Jair Bolsonaro: "É uma gente traidora que nos vende, que quer um golpe continuado", disparou, com aquele tom de quem já cansou de avisar.
Segundo ela, o que rola por trás dos panos é uma tentativa velada — mas constante — de minar as instituições. "Eles não engoliram a derrota nas urnas e agora ficam inventando moda", completou, numa referência clara aos episódios pós-eleições de 2022.
O jogo de xadrez político
Enquanto isso, nas redes sociais, a briga parece longe de acabar. De um lado, os petistas com memes ácidos; do outro, os bolsonaristas com bandeiras e teorias mirabolantes. E no meio? O cidadão comum, tentando entender se um dia essa novela terá um capítulo final.
— Sabe o pior? — questionou um analista político que preferiu não se identificar — "É que ambos os lados acham que estão salvando o país, quando na verdade estão é polarizando ainda mais." E não dá pra negar: o clima lembra aquela briga de família que todo mundo ouve, mas ninguém tem coragem de interferir.
E as consequências?
Numa tacada só, Gleisi:
- Acusou o núcleo duro bolsonarista de "antidemocrático"
- Lembrou os ataques de 8 de janeiro como "fruto desse projeto"
- Defendeu que o STF está "apenas contendo os excessos"
Mas será que esse discurso inflamado ajuda ou atrapalha? Uns dizem que é necessário "chamar as coisas pelos nomes"; outros torcem o nariz, lembrando que o excesso de radicalismo pode ser pólvora para novos conflitos.
Uma coisa é certa: enquanto a classe política briga, o povo fica de olho no preço do feijão — que, convenhamos, tá mais assustador que qualquer teoria da conspiração.