Numa tarde que misturava sol forte e tensão política, Flávio Bolsonaro surgiu diante das câmeras com a expressão carregada. Acabara de visitar o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, confinado em sua residência por determinação do ministro Alexandre de Moraes. "É difícil ver um homem que dedicou a vida ao país sendo tratado assim", disparou o senador, enquanto ajustava o relógio — gesto nervoso que não passou despercebido.
Segundo ele, as sanções impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) beiram o "absurdo jurídico". "Meu pai está preso em casa por decisões que mais parecem peças de teatro. Cadê as provas? Cadê o devido processo legal?", questionou, elevando o tom numa pausa calculada. Detalhe curioso: enquanto falava, um caminhão de mudanças passou buzinando, quase abafando sua voz — ironia involuntária num debate sobre liberdade.
O que diz a decisão do STF?
Nos bastidores, a situação é ainda mais espinhosa. As medidas restritivas incluem desde proibição de contato com outros investigados até veto a declarações públicas. "É uma prisão disfarçada de cautela", resmungou um assessor próximo à família, pedindo anonimato. Já entre juristas, a divisão é nítida: enquanto alguns defendem que Moraes "aplicou o regimento à risca", outros sussurram sobre "excesso de zelo".
E o povo? Nas redes sociais, o burburinho lembra torcida dividida em clássico de futebol. De um lado, os que comemoram "justiça sendo feita"; de outro, os que repetem como mantra: "Isso aqui tá com cheiro de ditadura". Enquanto isso, o Planalto respira aliviado — mas sem descuidar da linguagem corporal.
