Esquerda e direita se unem em debate polêmico sobre adultização infantil — entenda o caso
Esquerda e direita debatem adultização infantil denunciada por Felca

Numa cena que parece saída de um roteiro surreal, figuras tradicionalmente antagônicas do cenário político brasileiro sentaram-se à mesma mesa para discutir um tema que vem gerando burburinho nas redes sociais. E não, não era sobre futebol ou economia — o assunto em pauta era algo muito mais delicado: a crescente adultização de crianças, denunciada recentemente pelo influencer Felca.

O debate, que aconteceu em Vitória (ES), reuniu desde defensores ferrenhos da liberdade individual até conservadores que pregam a proteção absoluta da infância. E olha só que curioso: apesar das divergências de sempre, todos concordaram em um ponto — há algo de muito errado na forma como as crianças estão sendo expostas a conteúdos e comportamentos inadequados para sua idade.

O estopim da discussão

Felca, conhecido por suas críticas ácidas nas redes sociais, foi o primeiro a jogar gasolina na fogueira ao expor casos flagrantes de adultização infantil. "É assustador ver crianças de 10 anos vestindo roupas de adulto, dançando músicas com letras explícitas e sendo sexualizadas nas redes", disparou o influenciador em seu último vídeo, que viralizou rapidamente.

O que ninguém esperava era que esse alerta fosse ecoar tão fortemente nos dois lados do espectro político. "Quando até os extremos concordam que há um problema, é porque a situação realmente saiu do controle", comentou uma psicóloga presente no debate, que preferiu não se identificar.

Os argumentos que surpreenderam

  • Da esquerda: "Não se trata de censura, mas de proteger o desenvolvimento saudável das crianças", argumentou uma representante de movimentos sociais.
  • Da direita: "A família precisa recuperar seu papel de filtro, mas o Estado também deve regular os excessos", rebateu um deputado conservador.

E no meio disso tudo, uma pergunta que ficou no ar: será que as plataformas digitais estão fazendo sua parte? Ou o algoritmo, esse "deus moderno" que tudo vê e tudo controla, continua priorizando engajamento em detrimento da proteção infantil?

Enquanto isso, nas ruas de Vitória, pais e educadores parecem divididos. "Minha filha de 12 anos já sabe mais da vida do que eu sabia aos 20", desabafa uma mãe, sem saber se isso é motivo de orgulho ou preocupação.