
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, em uma entrevista recente, que há 99% de chances de os Estados Unidos imporem sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A declaração foi feita em meio a tensões políticas envolvendo o Judiciário brasileiro e críticas de setores conservadores.
Segundo Eduardo, as sanções seriam uma resposta a supostas violações de direitos humanos cometidas por Moraes durante sua atuação no STF. O parlamentar não detalhou quais seriam as medidas específicas, mas mencionou a possibilidade de restrições a viagens e congelamento de bens nos EUA.
Contexto político
A relação entre Alexandre de Moraes e a família Bolsonaro é marcada por conflitos. O ministro foi um dos responsáveis por decisões judiciais que impactaram diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, incluindo investigações sobre fake news e atos antidemocráticos.
Eduardo Bolsonaro, que já foi alvo de operações policiais autorizadas por Moraes, tem sido um dos críticos mais ferrenhos do ministro. Sua declaração sobre as sanções reflete o clima de polarização no cenário político brasileiro.
Reações e desdobramentos
Especialistas em relações internacionais questionam a viabilidade das sanções, já que não há precedentes de medidas similares contra autoridades do Judiciário brasileiro. O governo dos EUA ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
Enquanto isso, defensores de Moraes argumentam que as acusações são infundadas e têm motivação política. O ministro, que atualmente preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é visto como uma figura central na garantia da democracia no Brasil.