
O clima na Bolívia está eletrizante — e não é só por causa do altiplano. A poucos meses das eleições presidenciais, os candidatos começam a mostrar as cartas em um jogo que pode virar o tabuleiro político do país de cabeça para baixo.
De um lado, o atual governo tenta segurar a onda de críticas sobre economia e corrupção. Do outro, a oposição chega com discurso de renovação — mas será que é só fogo de palha? No meio disso tudo, o eleitor boliviano, cansado de promessas vazias, parece mais exigente do que nunca.
Os principais nomes da disputa
Na linha de frente, três figuras chamam atenção:
- Luis Arce Catacora (MAS) — O atual presidente tenta a reeleição com o discurso de continuidade, mas enfrenta resistência até dentro do próprio partido.
- Carlos Mesa (Comunidad Ciudadana) — O ex-presidente volta à carga com promessas de reconciliação nacional e reformas econômicas.
- Luis Fernando Camacho (Creemos) — O polêmico governador de Santa Cruz surge como terceira via, misturando conservadorismo com retórica anti-establishment.
E olha que a lista não para por aí. Pelo menos outros cinco candidatos menores — mas nem por isso menos interessantes — completam o cardápio eleitoral. Cada um com sua receita para "salvar" a Bolívia.
O que está em jogo?
Mais do que simples troca de comando, essa eleição pode definir:
- O rumo da economia — ainda se recuperando dos baques recentes
- As relações internacionais — especialmente com vizinhos e potências globais
- O modelo de desenvolvimento — entre extrativismo e sustentabilidade
- A própria unidade nacional — em um país historicamente dividido
Não à toa, analistas comparam esse pleito a uma encruzilhada histórica. "Ou a Bolívia conserta o passo agora, ou pode perder o bonde da história", alerta um cientista político local, pedindo para não ser identificado.
E você? Acha que algum candidato tem a chave para destravar os problemas do país? Ou será mais do mesmo, só que com novos nomes? O tempo — e as urnas — dirão.