Datafolha e o 'tarifaço': como uma pesquisa virou alvo nas redes sociais
Datafolha e o 'tarifaço': polêmica nas redes

Não é de hoje que pesquisas eleitorais viram alvo de debates acalorados, mas o último levantamento do Datafolha sobre o chamado 'tarifaço' — aquele aumento nas tarifas que todo mundo sente no bolso — pegou fogo nas redes sociais. E não foi por causa dos números em si, mas de um detalhe que passou despercebido para muitos, mas não para os usuários mais atentos.

O que aconteceu? Bom, o instituto divulgou dados sobre a percepção do aumento de preços, e uma galera notou algo estranho na metodologia. Algo que, na visão de alguns, poderia enviesar os resultados. E aí, como sempre, o Twitter virou um ringue de opiniões — algumas bem embasadas, outras nem tanto.

O pulo do gato (ou do Datafolha)

O detalhe em questão? A forma como a pergunta foi formulada. Segundo críticos, a redação teria sido... digamos, 'flexível' demais. Algo como perguntar se alguém está com fome depois de mostrar um prato de comida — óbvio que a resposta vai ser influenciada, né?

E não para por aí. Alguns analistas apontaram que o timing da pesquisa coincidiu com um período de muita discussão sobre o tema, o que poderia ter afetado as respostas. Coincidência? Talvez. Mas nas redes sociais, coincidências são tratadas como conspirações.

E o público? Nem sempre engole...

O brasileiro médio, aquele que paga as contas no fim do mês e sente o peso do aumento dos preços, nem sempre acredita nessas pesquisas. E quando aparece um detalhe metodológico desses, a desconfiança só aumenta. Nas redes, os memes não perdoam: "Datafolha pesquisando se água é molhada", dizia um. Outro completava: "Só acredito vendo no meu boletim".

E aí, será que essas críticas têm fundamento? Difícil dizer. O que sabemos é que, em tempos de polarização, até pesquisa vira campo de batalha. E o Datafolha, querendo ou não, acabou no meio do tiroteio.