
Numa análise que vai fazer muita gente coçar a cabeça, um renomado professor de Harvard soltou o verbo: o Brasil, sim, esse mesmo que vive no noticiário por crises políticas, teria dado um banho nos Estados Unidos quando o assunto é preservação democrática. Quem diria, hein?
Steven Levitsky, coautor do best-seller "Como as Democracias Morrem", não está fazendo média. Ele aponta que, enquanto os EUA patinaram no teste de estresse democrático com o ataque ao Capitólio em 2021, o Brasil - mesmo com todas as turbulências - manteve as instituições funcionando. "Aqui houve um espetáculo de maturidade institucional", dispara o acadêmico.
O X da Questão
O pulo do gato, segundo Levitsky, está na reação diferente das elites políticas. Enquanto boa parte do Partido Republicano abraçou o negacionismo eleitoral, no Brasil até aliados de Bolsonaro reconheceram a vitória de Lula. Difícil acreditar? Pois é, mas os fatos estão aí.
Não pense que foi fácil. O professor destaca três fatores cruciais:
- O Judiciário brasileiro agiu com surpreendente independência
- As Forças Armadas, apesar de tudo, respeitaram o resultado
- A imprensa fez o dever de casa sem medo de polêmica
"Claro que não estamos falando de perfeição", pondera Levitsky. "Mas comparado ao que vimos nos EUA, foi um exemplo de contenção democrática."
E Agora, José?
O estudo joga luz sobre um paradoxo: países com democracias mais jovens às vezes mostram anticorpos mais fortes contra ameaças autoritárias. Seria o caso de aprender com o Sul Global? A pergunta fica no ar.
Mas calma lá! Antes que alguém comece a bater no peito, o professor faz um alerta: "Resiliência não significa imunidade". O Brasil ainda enfrenta desafios enormes, desde polarização até fake news. Só que, desta vez, a lição veio de baixo do Equador.
E você, o que acha? Será que o Brasil virou referência em democracia sem perceber? Ou isso é só um momento de sorte no meio do caos? Difícil dizer, mas uma coisa é certa: a política nunca mais será vista com os mesmos olhos.