
Não é de hoje que o Brasil balança entre o diálogo aberto e a defesa intransigente do que é seu. E dessa vez, o ministro Carlos Favaro botou os pingos nos 'is' de um jeito que não deixou dúvidas: "Conversa a gente tem, mas chão nosso não pisa". Frase de impacto? Sem dúvida. E o timing? Mais perfeito impossível.
Enquanto o noticiário internacional ferve com discussões sobre fronteiras — sejam elas físicas ou econômicas —, o governo brasileiro decidiu jogar verde. Mas com um detalhe: o amarelo da bandeira não entra nessa negociação. "A soberania não é moeda de troca", disparou Favaro, num tom que misturava paciência diplomática com firmeza de quem já cansou de explicar o óbvio.
O que está por trás do recado?
Parece simples, mas a coisa é mais embaixo. De um lado, pressões externas que insistem em tratar o Brasil como tabuleiro de xadrez global. Do outro, um governo que — diga-se de passagem — aprendeu a lição depois de crises passadas. E olha que a memória é curta, mas dói.
- Recursos naturais? Nem pensar em concessões precipitadas
- Território? Linha vermelha intocável
- Autonomia decisória? Isso nem se discute
E aqui vai um parêntese importante: quem acha que isso é "bravata de político" nunca viu o preço que se paga por hesitar. Basta olhar para os vizinhos — alguns com histórias recentes que doem só de lembrar.
E os parceiros internacionais?
Ah, essa é boa! Tem gente por aí que ainda acha que "diálogo" é sinônimo de "ceder". O ministro foi categórico: "Nosso telefone está aberto, mas o mapa não está em discussão". Traduzindo? Brasil não é mais aquele jovem ingênuo nas relações globais — cresceu, criou casca e aprendeu a ler as entrelinhas dos acordos.
E não é que alguns embaixadores ficaram com a pulga atrás da orelha? Pois é... Quando o assunto é Amazônia, minérios ou até mesmo o pré-sal, o jogo muda de figura. E o Brasil, parece, finalmente aprendeu as regras.
No fim das contas, o recado é claro como água de coco no Nordeste: respeito é bom e todo mundo gosta. Mas quando o assunto é chão brasileiro, a conversa tem limite. E esse limite, meu caro, se chama soberania.