
Eis que a Bolívia nos surpreende mais uma vez! Depois de décadas dominadas por governos de esquerda, o país andino acaba de escrever um capítulo inédito em sua história democrática. Pela primeira vez — repita-se: pela primeira vez —, o segundo turno das eleições presidenciais terá dois candidatos claramente alinhados à direita do espectro político.
O cenário? Digamos que está mais imprevisível do que partida de futebol em dia de temporal. De um lado, o ex-presidente Jorge "Tuto" Quiroga (2001-2002), figura conhecida pelos seus discursos liberais na economia. Do outro, Carlos Mesa, ex-vice de Quiroga e ex-presidente entre 2003 e 2005 — sim, a política boliviana tem dessas reviravoltas dignas de novela mexicana.
O que isso significa para a região?
Analistas políticos estão coçando a cabeça. Afinal, estamos falando de um país onde Evo Morales governou por quase 14 anos seguidos! A esquerda boliviana, que parecia ter raízes tão profundas quanto as minas de prata de Potosí, agora vê seu domínio ser questionado de forma inédita.
Detalhe curioso: o atual presidente, Luis Arce — herdeiro político de Morales —, nem sequer conseguiu se classificar para o segundo turno. Algo impensável há apenas cinco anos. O que mudou? Bom, aí a discussão fica interessante:
- Crise econômica pós-pandemia
- Desgaste dos governos socialistas na região
- Novo perfil do eleitorado jovem
Não é como se a direita boliviana tivesse encontrado a fórmula mágica — longe disso. Mas parece que o povo decidiu dar uma chance ao outro lado do espectro político. Resta saber se será um flirt passageiro ou um casamento duradouro.
E o Brasil nessa história?
Ah, nossos vizinhos sempre nos dão lições de democracia, não é mesmo? Enquanto aqui brigamos por terceira via que nunca chega, a Bolívia — pasmem — conseguiu produzir uma disputa presidencial completamente fora do eixo tradicional.
Mas calma, não vamos cantar vitória antes da hora. A polarização lá está tão acirrada quanto uma final de Copa do Mundo. E com a esquerda fora do segundo turno, os ânimos podem esquentar mais do que o clima no deserto do Atacama.
Uma coisa é certa: os olhos do continente estarão voltados para La Paz nas próximas semanas. Porque quando a Bolívia espirra, como dizem por lá, todo o altiplano pega um resfriado político.