
Não foi um dia qualquer na política brasileira. A notícia da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro — sim, você leu certo — pegou até os mais ferrenhos defensores do ex-presidente de surpresa. E o que se viu depois foi um misto de indignação, estratégias de bastidor e, claro, muito barulho.
Os aliados mais próximos, aqueles que costumam defender Bolsonaro até debaixo d'água, pareciam ter engolido um limão inteiro. Uns ficaram mudos, outros soltaram frases de efeito prontas, mas nenhum com aquele fervor de sempre. Será que o clima esfriou? Ou será apenas cautela?
O jogo político por trás das cenas
Enquanto nas redes sociais a polarização seguia seu curso — com direito a memes, xingamentos e teorias da conspiração —, nos grupos de WhatsApp dos políticos a coisa era diferente. Mensagens cifradas, reuniões marcadas de última hora e um silêncio estranho de quem está recalculando a rota.
Um deputado, que pediu para não ser identificado (óbvio), soltou a pérola: "Agora é cada um por si". Outros, porém, insistem em manter a narrativa de perseguição política, mesmo com o STF mostrando as garras.
E o povo com isso?
Nas ruas, a reação foi... bem, variada. Tem os que comemoraram como se fosse gol no último minuto do jogo, os que prometem "ir pra cima" (mas provavelmente vão só postar hashtag), e aquela maioria silenciosa que só quer saber de pagar as contas no fim do mês.
Uma coisa é certa: o Brasil político nunca foi terra de meias palavras. E quando o assunto é Bolsonaro, então? Esquece. O que era para ser mais um capítulo na novela jurídica do país virou um daqueles episódios que ninguém sabe como vai terminar — mas todo mundo tem uma opinião pronta.
Enquanto isso, os ânimos seguem acirrados, os grupos de apoiadores se reorganizam, e o Palácio do Planalto — agora ocupado por outro — assiste a tudo com um misto de atenção e cautela. Afinal, em política, como no futebol, o jogo só acaba quando o juiz apita. E dessa vez, o apito veio do Supremo.