Não é segredo que o Brasil vive tempos polarizados, mas uma coisa parece unir quase todo mundo: a rejeição à ditadura. Segundo o Datafolha, 74% dos brasileiros acreditam que a democracia — mesmo com seus percalços — ainda é o melhor caminho. E olha que o povo não está nada satisfeito com a política atual, viu?
Os números são claros como água de coco no calor de 40°C: só 22% acham que um governo autoritário poderia ser "melhor em algumas circunstâncias". O resto? Nem pensar. Até entre os que criticam o Congresso ou o STF, a maioria esmagadora não trocaria o voto por um ditador de plantão.
Geração X, Millennial ou Boomer? Tanto faz!
Curiosamente, a preferência pela democracia corta todas as faixas etárias feito faca quente na manteiga. Dos jovens de 16 anos aos idosos com mais de 60, ninguém quer voltar aos tempos de censura e AI-5. Até quem viveu a ditadura militar — e teoricamente poderia ter saudosismo — prefere o caos democrático ao silêncio dos porões.
Mas calma lá! Nem tudo são flores:
- 56% acham que a democracia brasileira funciona "mais ou menos" (e olhe lá!)
- Só 31% acreditam que ela anda nos trilhos
- E 12%? Bem, esses já desistiram de opinar
Ou seja: o povo quer democracia, mas uma democracia que funcione de verdade — sem roubalheira, sem inchaço estatal, sem promessas vazias. Quem diria, hein?
E os 22% que não rejeitam a ditadura?
Aí a coisa fica interessante. Esse grupo — que representa 1 em cada 5 brasileiros — tende a ser:
- Mais velho (acima de 45 anos)
- Menos escolarizado
- E, pasmem, mais presente nas classes AB
Parece contraditório? Talvez. Mas reflete aquela velha máxima: "Ordem e progresso" na bandeira é bonito, mas na prática... bem, você sabe como é.
No final das contas, o recado é claro: o brasileiro pode reclamar da bagunça democrática, mas trocar ela por um regime fechado? Só se for maluco. Ou — como diria meu avô — "só quem não viveu 1964".
