
O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, está colocando o pé no acelerador quando o assunto é desenvolvimento econômico. De um lado, uma enxurrada de projetos de infraestrutura e privatizações que prometem movimentar os cofres públicos. De outro, um rastro de críticas que não para de crescer - especialmente quando o tema é sustentabilidade.
Obra sim, mas a que custo?
Quem acompanha o noticiário político paranaense já percebeu: Ratinho Jr. tem uma queda por canteiros de obras. Rodovias, portos, hospitais - a lista de projetos em andamento é longa. "É a forma mais concreta de mostrar serviço", defende um aliado do governo, que prefere não se identificar.
Mas nem tudo são flores. Algumas dessas iniciativas estão gerando atritos com ambientalistas e comunidades locais. O caso mais recente? A polêmica duplicação da PR-092, que corta áreas de preservação. "É um tiro no pé", dispara uma ativista que luta contra o projeto.
Privatizações: a aposta arriscada
Se tem uma coisa que está deixando a oposição de cabelo em pé são os leilões de ativos estaduais. A lista inclui desde companhias de saneamento até participações em empresas estratégicas. O governo garante que é o caminho para modernizar serviços e encher os cofres públicos. Mas será mesmo?
Analistas políticos observam um padrão curioso: enquanto a popularidade do governador se mantém estável nas pesquisas, sua rejeição vem crescendo justamente entre eleitores mais jovens e urbanos - justamente o público mais sensível às pautas ambientais.
O preço político do desgaste ambiental
Não é segredo para ninguém que Ratinho Jr. já está de olho em 2026. Mas esse desgaste na área verde pode se tornar uma pedra no sapato. "Ele está fazendo as contas", comenta um observador político. "De um lado, o apoio do agronegócio e do setor produtivo. Do outro, a pressão por sustentabilidade que só aumenta."
O fato é que o governador parece disposto a pagar o preço - pelo menos por enquanto. Enquanto isso, o Paraná assiste a um embate que vai definir muito mais do que apenas obras e contratos: o futuro do desenvolvimento no estado.