
Eis que a Polícia Federal resolveu dar um basta — ou pelo menos investigar a fundo — uma situação que cheira mal desde o ano passado. Na mira dos federais está um conselheiro do Copam, o Conselho Estadual de Política Ambiental de Minas Gerais, acusado de ter virado a chave para aprovar um licenciamento ambiental que, convenhamos, tinha tudo para ser mais complicado.
A coisa toda começou a feder em 2023, mas só agora as peças estão se encaixando. O tal conselheiro, cujo nome ainda não foi divulgado — porque a justiça gosta de fazer suspense —, teria usado sua posição privilegiada para... bem, facilitar as coisas para uma mineradora que cobiça a Serra do Curral. Sim, aquela mesma serra que é praticamente um cartão-postal de Belo Horizonte e que tecnicamente deveria estar protegida.
O que a PF descobriu até agora?
Os investigadores não estavam brincando de esconde-esconde. Eles conseguiram flagrar — através da boa e velula quebra de sigilos — que nosso amigo conselheiro mantinha um contato mais do que suspeito com representantes da empresa. E não era conversa fiada sobre o tempo não.
- Troca de mensagens que deixariam qualquer um com a pulga atrás da orelha
- Reuniões discretas em locais nada oficiais
- E o pior: indícios de que informações privilegiadas vazaram como água
Parece que o sujeito achou que poderia dar uma de esperto, mas esqueceu que a PF tem olhos em todo lugar.
E a mineradora? Como fica nessa história?
Ah, a empresa... Ela aparece como a grande interessada nesse jogo de cartas marcadas. O projeto de mineração na Serra do Curral não é exatamente popular — e com razão. A região é sensível ambientalmente falando, e qualquer passo em falso pode causar danos irreversíveis.
O que me deixa pensando: será que a direção da mineradora não sabia de nada? Difícil acreditar. Quando um licenciamento que deveria ser complicado sai rápido demais, até um leigo desconfia.
E olha que a investigação ainda está no começo. Os federais garimpando cada detalhe — com o perdão do trocadilho — e prometem novas reviravoltas. A tendência é que mais nomes apareçam nessa teia de interesses.
Por que isso importa para você?
Pode parecer mais um caso de corrupção ambiental, mas a verdade é que afeta todo mundo. A Serra do Curral não é só um amontoado de pedras e árvores — é patrimônio natural, é qualidade de vida, é parte da identidade de Belo Horizonte.
Quando um conselheiro — que deveria ser guardião do meio ambiente — vira garoto-propaganda de interesses privados, todos nós perdemos. E não é exagero dizer que o futuro da cidade está em jogo aqui.
O caso segue sob sigilo, como é comum nessa fase das investigações. Mas uma coisa é certa: a PF não costuma dar ponto sem nó. E quando o assunto é crime ambiental com cheiro de propina, a tendência é que a corda arrebente do lado mais fraco.
Fiquem de olho — essa história promete.