MPF trava licença da Petrobras no Amapá: 'Empresa não prova controle de vazamento'
MPF trava Petrobras no Amapá por risco ambiental

E aí que o Ministério Público Federal resolveu botar o pé na tábua — e com razão, diga-se de passagem. A situação é séria, mas tem um quê de 'já vimos esse filme antes', não é mesmo?

A Petrobras, essa gigante que todo mundo conhece — e alguns até temem — quer explorar petróleo na costa do Amapá, mais precisamente na região da Foz do Amazonas. Só que tem um detalhe não tão miúdo assim: o MPF simplesmente travou a licença ambiental. E o motivo? Bom, preparem-se para a surpresa zero.

O cerne da questão: demonstrar o óbvio ululante

Parece piada, mas é triste realidade. A empresa precisa — pasmem — provar que sabe lidar com vazamentos. Sim, aqueles acidentes que transformam praias paradisíacas em manchas negras e matam tudo pela frente.

O procurador da República Élcio Gemente Jr. foi direto ao ponto, como deve ser: "A empresa tem que mostrar, na prática, que tem condições de reagir a um eventual vazamento". E olha, não adianta vir com papinho furado de "ah, mas a gente tem planos". O MPF quer ver ação, capacidade real, demonstração concreta.

E o Ibama nessa história?

Pois é, o órgão ambiental — que teoricamente deveria estar segurando essa bronca — parece estar com vontade de liberar a licença. Mas o MPF não deixou barato. Entrou com uma manifestação técnica dizendo, nas entrelinhas: "Calma aí, pessoal, vamos com mais cuidado".

E não é para menos! A região é sensível pra caramba. Foz do Amazonas? Isso nem é 'apenas' uma área ambientalmente frágil — é praticamente o cartão postal da biodiversidade brasileira. Um vazamento ali seria catastrófico. Tipo, catástrofe de verdade, daquelas que nossos netos ainda estariam pagando o pato.

O que me lembra... já vimos esse filme antes, não? Baía de Guanabara, Nordeste... a lista não é das mais animadoras.

Os números que assustam

A Petrobras quer perfurar não uma, não duas, mas 16 poços na região. E adivinhem só? O plano de contingência apresentado — aquele documento que diz como a empresa reagiria a um vazamento — foi considerado... insuficiente. Para ser educado.

O MPF foi categórico: faltam detalhes cruciais sobre como seria a contenção de óleo, sobre os equipamentos disponíveis, sobre o tempo de resposta. Basicamente, é como se alguém quisesse cozinhar um banquete mas só tivesse uma colher e uma panela furada.

E olha que tem mais: a manifestação do MPF saiu no Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região. Ou seja, não é conversa de boteco — está tudo registrado, formalizado, com carimbo e assinatura.

O que está em jogo, realmente?

Para além dos documentos e das burocracias — que são importantes, claro — tem uma questão fundamental: até que ponto estamos dispostos a arriscar nosso patrimônio natural em nome do desenvolvimento? Será que não dá para fazer as duas coisas? Desenvolver e preservar?

O MPF acredita que sim, mas com regras claras e garantias sólidas. E faz todo o sentido, se pararmos para pensar. Afinal, depois que o óleo vaza, não adianta chorar — ou melhor, até adianta, mas não resolve muita coisa.

Enquanto isso, a Petrobras se mantém no silêncio constrangedor de quem foi pega com a boca na botija. E o Ibama? Bem, o Ibama continua no centro desse cabo de guerra entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

Uma coisa é certa: essa história está longe de acabar. E o Amapá — com sua costa ainda praticamente intocada — aguarda ansioso o desfecho dessa novela.

Ou melhor, talvez 'apreensivo' seja a palavra mais adequada.