
Não tem jeito — a hora é agora. Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, não economizou palavras ao falar sobre os compromissos climáticos do Brasil durante um evento recente. "Implementar. Só tem um caminho", disparou, com aquele tom firme que já virou sua marca registrada.
Ela sabe que o país está no olho do furacão quando o assunto é sustentabilidade. Depois de anos sob os holofotes internacionais por conta do desmatamento na Amazônia, o governo atual tenta correr contra o tempo para reverter a imagem de vilão ambiental. Mas, cá entre nós, não vai ser moleza.
O tamanho do desafio
Você já parou pra pensar no que significa zerar o desmatamento ilegal até 2030? Parece distante, mas é já ali na esquina — e o Brasil ainda patina em números alarmantes. Marina não esconde:
- Fiscalização precisa ser turbinada (e como!)
- Órgãos ambientais carecem de recursos
- Setor privado tem que entrar no jogo
Não é papo furado. A ministra lembra que metas são ótimas no papel, mas "ninguém come compromisso". A piada tem fundo de verdade — enquanto discursos ecoam em conferências internacionais, aqui no chão da floresta a realidade às vezes é outra.
Entre a cruz e a espada
O governo dança numa corda bamba. De um lado, a pressão por desenvolvimento econômico — afinal, o agronegócio não é brincadeira. Do outro, os olhares atentos de investidores estrangeiros que hoje condicionam negócios a "selo verde". Marina parece ter escolhido seu lado: "Ou a gente faz a transição agora, ou depois vai ser na marra".
Ela tem um ponto. Com as mudanças climáticas batendo na porta — literalmente, vide as enchentes no Sul e secas no Nordeste —, o Brasil não pode mais se dar ao luxo de empurrar com a barriga. O recado tá dado. Resta saber quem vai ouvir.