Lula barra flexibilização de licenças ambientais: entenda o veto que pode mudar o jogo ecológico
Lula veta flexibilização de licenças ambientais do Congresso

Eis que o Planalto resolveu dar uma banana para a bancada ruralista — e olha que não foi das pequenas. Numa jogada que deixou meio Brasília de cabelo em pé, Lula anunciou que vai cortar pela raiz partes da flexibilização de licenças ambientais aprovada pelos parlamentares.

Parece que o presidente acordou com o pé esquerdo — ou melhor, com o pé verde. A justificativa? Proteger biomas ameaçados e evitar o que ele chamou de "farra da destruição". Não dá pra negar: o cara botou o dedo na ferida de um debate que divide o país há décadas.

O que exatamente vai pro vinagre?

O pacote aprovado pelo Congresso era um prato cheio para o agronegócio, com redução de burocracia para obras em áreas sensíveis. Mas Lula, num daqueles momentos "eu avisei", decidiu que:

  • Projetos em terras indígenas continuarão sob análise rigorosa
  • Obras próximas a unidades de conservação não ganharão atalhos
  • O Ibama mantém poder de veto em casos estratégicos

Não é como se fosse uma surpresa total — o governo já vinha soltando foguetes sobre isso há semanas. Mas a decisão final ainda deixou muita gente com a pulga atrás da orelha.

E agora, José?

Os ruralistas já estão fazendo aquele barulho de sempre, falando em "travão no desenvolvimento". Do outro lado, ambientalistas comemoram como se fosse carnaval em junho. O fato é que essa jogada:

  1. Reacende a velha briga entre produção e preservação
  2. Mostra que o governo não vai ceder tão fácil à pressão parlamentar
  3. Coloca o Brasil num xadrez diplomático, com olhos internacionais sobre nossa política ambiental

Pra piorar — ou melhorar, dependendo de que lado você está —, o veto chega num momento delicado. Com a COP30 batendo na porta e o mercado externo de olho em nossos biomas, a decisão pode ser um divisor de águas.

Uma coisa é certa: o tapete verde do Planalto vai esquentar nos próximos dias. E muito.