
O presidente Lula não economizou nas palavras durante seu discurso em Bogotá nesta quinta-feira. Diante de uma plateia atenta de líderes internacionais, o mandatário brasileiro fez questão de traçar uma linha muito clara: a Amazônia é nossa, ponto final.
— Alguns países acham que podem ditar regras sobre como devemos cuidar da nossa própria casa — disparou Lula, com aquela cara de poucos amigos que conhecemos bem. — Pois eu digo: venham cooperar, não competir.
O evento, que prepara o terreno para a COP30 em Belém no ano que vem, foi palco de um verdadeiro embate diplomático. Lula, sabe como é, nunca foi de ficar quieto quando o assunto é soberania nacional.
O tom do discurso
Caramba, que fala! O presidente misturou dados concretos com uma boa dose de emoção — coisa rara em eventos tão formais. Ele lembrou que o Brasil reduziu o desmatamento em 42% no último ano, mas fez questão de enfatizar: ainda é pouco.
— Não viemos aqui para comemorar números, viemos para assumir responsabilidades — afirmou, sério. — A crise climática não espera, e nós também não podemos esperar.
As críticas veladas
Ah, e é claro que teve farpas. Sem citar nomes (mas todo mundo sabendo de quem ele falava), Lula criticou nações desenvolvidas que «poluem há séculos e agora querem dar lições de moral».
— É fácil falar de sustentabilidade quando você já destruiu suas próprias florestas há 200 anos — soltou, arrancando aplausos de parte da plateia.
Não foi um discurso fácil, nem agradável para todos. Mas, convenhamos, Lula nunca foi do tipo que busca agradar — especialmente quando sente que os interesses nacionais estão em jogo.
Os próximos passos
O que esperar da COP30 em Belém? Segundo o presidente, será uma conferência «diferente de todas as outras». Mais inclusiva, com voz ativa para povos tradicionais e — atenção aqui — menos espaço para «hypocrisia internacional», como ele mesmo definiu.
O plano é ambicioso: transformar a Amazônia em um polo de bioeconomia, ciência e tecnologia verde. Mas sempre com um pé atrás com interferências externas, claro.
— Não aceitamos condicionalidades — avisou. — Aceitamos cooperação, com respeito mútuo.
O recado foi dado. E, pelo jeito, vai ecoar bastante até novembro de 2025.