
Eis que a Oi, aquela operadora que todo mundo conhece - e muitos reclamam - acabou de levar um não retumbante dos tribunais americanos. A situação tá feia, e olha que já estava complicada.
O juiz Barry Schermer, lá de uma corte de falências no Missouri, basicamente disse: "isso aqui não vai rolar". Ele negou o pedido da empresa para que seu processo de recuperação nos Estados Unidos fosse reconhecido por aquelas bandas. Uma facada, sem dúvida.
Mas por que diabos isso importa?
Bom, a Oi tava tentando uma jogada ousada. A empresa queria usar o famoso - ou infame - Chapter 11 da legislação americana para reorganizar suas dívidas internacionais. Sabe aquele amigo que deve dinheiro pra meio mundo e tenta renegociar? É mais ou menos isso, só que em escala bilionária.
A defesa da Oi argumentava que o processo brasileiro e o americano eram "coordenados e complementares". Tipo um casal que divide as contas - cada um cuida de uma parte. Só que o juiz não comprou essa história. Ele viu mais confusão do que coordenação.
O pulo do gato que virou tombo
O grande problema foi que a Oi já tinha aprovado seu plano de recuperação aqui no Brasil em 2022. E agora, do nada, queria abrir outro processo lá fora. O juiz ficou com a pulga atrás da orelha: "Por que não tentaram isso antes?"
Parece que a empresa queria o melhor dos dois mundos, mas acabou ficando sem nenhum. A estratégia de "ter um pé em cada canoa" resultou num belo tombo aquático.
E tem mais - alguns credores internacionais estavam putos da vida. Eles alegaram que a Oi tava tentando criar "um processo paralelo" que poderia prejudicar os acordos já fechados. Uma bagunça danada, pra ser sincero.
E agora, José?
Com essa negativa, a Oi perde uma ferramenta importante para lidar com seus credores gringos. A empresa vai ter que resolver suas pendências internacionais dentro do processo brasileiro mesmo.
Isso significa que a tal "coordenação" entre os processos virou pó. A recuperação da Oi continua, claro, mas sem a chancela americana que eles tanto queriam.
Resta saber como os credores internacionais vão reagir. Alguns já estavam de olho gordo em ativos da empresa lá fora. Agora, a briga promete ser ainda mais acirrada.
No fim das contas, a Oi tentou uma jogada de mestre e acabou levando um xeque-mate judicial. A lição que fica? As vezes, é melhor focar em resolver um problema de cada vez, em vez de tentar malabarismos jurídicos que podem - e vão - sair pela culatra.