
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) abriu uma investigação contra um juiz da comarca de Araçatuba, acusado de praticar assédio sexual e moral contra uma funcionária do fórum da cidade. As denúncias, que vieram à tona após uma representação interna, apontam para condutas inadequadas e abusivas por parte do magistrado.
Segundo informações apuradas, a vítima, uma servidora do Poder Judiciário, relatou ter sofrido pressão psicológica e avanços indevidos em seu ambiente de trabalho. O caso está sendo tratado com sigilo pelo TJ-SP, mas fontes próximas ao processo confirmaram que as acusações são levadas a sério e podem resultar em medidas disciplinares.
Repercussão e medidas
O caso gerou comoção entre servidores e advogados da região, reacendendo o debate sobre assédio no Judiciário. "É inadmissível que situações como essa ainda ocorram em um ambiente que deveria zelar pela justiça e pela dignidade", declarou uma colega da suposta vítima, sob anonimato.
O TJ-SP afirmou, em nota, que "não tolera qualquer tipo de assédio ou conduta antiética" e que o processo seguirá os trâmites legais. A Corregedoria do tribunal é responsável pela apuração, que pode levar à aposentadoria compulsória ou até à perda do cargo, caso as acusações sejam confirmadas.
Contexto
Este não é o primeiro caso de assédio envolvendo membros do Judiciário. Nos últimos anos, houve um aumento nas denúncias, o que levou a campanhas internas de conscientização e à criação de canais de denúncia anônima. Especialistas defendem que a estrutura hierárquica do sistema judiciário pode facilitar abusos, tornando essencial a fiscalização rigorosa.
Enquanto a investigação segue, a funcionária terá suporte psicológico e jurídico. O juiz, por sua vez, foi afastado temporariamente das suas funções até que o caso seja resolvido.