
Finalmente! Depois de meses que pareceram uma eternidade, a justiça brasileira deu seu veredito. Francisco Mairlon, aquele nome que virou notícia na 113 Sul, está prestes a recuperar sua liberdade. E olha que notícia boa — pode ser ainda nesta terça-feira!
Os ministros do Superior Tribunal de Justiça — sim, aqueles caras de toga que a gente vê na TV — não titubearam. Determinaram a soltura imediata, sem rodeios. A decisão saiu por volta das 15h30 de segunda-feira, e digo mais: foi unânime. Todos acharam que não tinha cabimento manter o homem atrás das grades.
O longo caminho até a liberdade
Puxa vida, que história. Francisco estava preso desde abril, imaginem só. Quase seis meses da vida dele, perdidos. Tudo porque — pasmem — ele foi condenado por um crime que, vejam só, as testemunhas principais depois disseram que nem tinham certeza que era ele.
O caso todo começou com uma acusação de roubo na 113 Sul. Mas aí, como diz o povo, o diabo está nos detalhes. As testemunhas, aquelas que deveriam apontar o dedo com convicção, começaram a vacilar. "Será que era ele mesmo?" — essa dúvida cruel pairou sobre todo o processo.
A virada no STJ
Os ministros, chefiados pelo relator João Otávio de Noronha, não engoliram a história. Eles analisaram tudo com lupa e chegaram à conclusão óbvia: não dava para manter alguém preso com provas tão frágeis. "Cadê as provas concretas?" — deve ter pensado cada um deles.
Noronha foi direto ao ponto: "As testemunhas mudaram seus depoimentos de forma significativa". E quando testemunha muda de ideia, meu amigo, o caso desmorona feito castelo de areia na praia.
Papuda vai ficar para trás
Enquanto isso, no Complexo da Papuda, a expectativa é grande. Imagino Francisco Mairlon arrumando suas poucas coisas, com aquela ansiedade misturada com alívio. Sair da prisão deve ser como voltar a respirar depois de ficar muito tempo debaixo d'água.
A defensoria pública, aqueles guerreiros que lutam pelos que não podem pagar advogado, comemorou a decisão. Eles nunca deixaram de acreditar na inocência do rapaz. "Vitória da justiça", devem estar pensando agora.
E agora, o que esperar?
Bom, com a decisão do STJ, a bola agora está com o sistema penitenciário. Eles têm que correr — e olha que correndo — para colocar Francisco na rua o mais rápido possível. A ordem judicial não é sugestão, é mandado.
Enquanto escrevo isso, me pergunto: quantos outros Franciscos existem por aí, presos injustamente? Essa história serve de alerta. A justiça, quando funciona, é linda. Mas quando falha... bem, melhor nem pensar.
O certo é que, em breve, Francisco Mairlon vai poder abraçar sua família, andar na rua sem grades à vista, sentir o sol do Planalto Central no rosto. Coisas simples que a gente nem valoriza, até perder.
Que essa seja não só o fim de um pesadelo para ele, mas também um recado para o sistema: cuidado com as condenações precipitadas. A liberdade é preciosa demais.