Trégua em Gaza é quebrada: Israel retoma bombardeios no sul do Líbano em escalada preocupante
Israel bombardeia Líbano após trégua em Gaza

Parece que a trégua em Gaza foi apenas um respiro breve — muito breve, diga-se de passagem. Enquanto o mundo ainda respirava aliviado com o anúncio do cessar-fogo, as forças israelenses já redirecionavam sua artilharia para outro front. O sul do Líbano voltou a ser alvo de ataques aéreos israelenses nesta quarta-feira, numa demonstração clara de que a calma na região continua sendo uma quimera.

Os ataques, segundo fontes locais, atingiram áreas próximas à cidade de Aitaroun, não muito distante da fronteira. A precisão é assustadora. E o timing? Mais ainda. Mal a poeira baixava em Gaza e já temos nova escalada bélica.

Hezbollah na mira

O Exército israelense não fez rodeios: afirmou categoricamente que os bombardeios tinham como alvo instalações do Hezbollah. Justificativa? Retaliação por supostos ataques anteriores do grupo libanês. É aquela velha história de ação e reação que nunca parece ter fim no Oriente Médio.

Mas cá entre nós, a situação é bem mais complexa. O Hezbollah não é qualquer grupo militante — é uma força política e militar consolidada no Líbano, com capacidade real de responder na mesma moeda. E olha, eles não costumam ficar devendo.

Vítimas civis e destruição

Relatos preliminares — ainda não confirmados oficialmente, é verdade — dão conta de pelo menos quatro feridos entre a população civil. A coisa é séria. Moradores descrevem cenas de pânico, pessoas correndo desesperadas enquanto as explosões ecoavam pelas montanhas.

E não foram ataques isolados. Testemunhas falam em múltiplas investidas aéreas consecutivas, sugerindo uma operação coordenada e não meramente reativa. Parece que Israel tinha isso planejado, não?

Os danos materais ainda estão sendo contabilizados, mas imagino que sejam significativos. Sempre são.

Contexto regional explosivo

O que mais preocupa analistas — e deveria preocupar a todos nós — é o risco real de conflito regional ampliado. Gaza, Líbano, Síria... são muitas frentes abertas simultaneamente. E quando se mexe com o Hezbollah, mexe-se também com o Irã. É uma teia de alianças perigosíssima.

Aliás, alguém se lembra da guerra de 2006 entre Israel e Hezbollah? Pois é, as cicatrizes ainda estão frescas na memória coletiva libanesa. E olha que naquela época as coisas foram feias, muito feias mesmo.

O governo israelense, por sua vez, defende suas ações como "medidas defensivas necessárias". Dizem que não podem ficar passivos diante de ameaças à sua segurança. Mas até onde vai essa defesa? É o que muitos se perguntam.

Reações internacionais

A comunidade internacional — sempre tão eficaz em emitir notas de preocupação — já começou a se manifestar. As Nações Unidas pediram "máxima contenção" de ambos os lados. Containment? Isso soa quase ingênuo diante da realidade no terreno.

A verdade é que ninguém quer outra guerra no Líbano. O país já sofreu demais com conflitos passados e enfrenta uma crise econômica devastadora. Mas parece que quando se trata do Oriente Médio, a lógica frequentemente dá lugar à força bruta.

Enquanto isso, a população civil — sempre ela — fica no fogo cruzado. Literalmente. E a pergunta que não quer calar: quando é que essa dança macabra vai acabar?

Pelo andar da carruagem, não tão cedo. Infelizmente.