
O plenário da Câmara dos Deputados viveu momentos de tensão nesta sexta-feira, e a delegação acreana esteve no centro do debate. A PEC 135/2024, aquela que promete turbinar os cofres públicos — ou, como dizem alguns críticos, apertar ainda mais o cerco aos contribuintes — dividiu opiniões de norte a sul do país.
E no Acre? Bom, a coisa não foi diferente. Dos oito representantes que temos em Brasília, o placar final mostrou uma divisão quase perfeita: quatro a favor, três contra e uma abstenção que deixou muita gente de cabelo em pé.
Os nomes por trás dos votos
Do lado do "sim", ficaram os deputados:
- Márcio Bittar (UNIÃO)
- Jéssica Sales (UNIÃO)
- Alan Rick (UNIÃO)
- Dra. Vanda Milani (UNIÃO)
Já na oposição firme à proposta, votaram "não":
- Perpétua Almeida (PCdoB)
- Leo de Brito (PT)
- Professora Socorro Neri (PSB)
E aquele voto que ninguém sabe bem onde encaixar? Ficou com a deputada Geovania de Sá (PSDB), que preferiu se abster — decisão que, convenhamos, sempre dá o que falar nos corredores do Congresso.
O que está em jogo, afinal?
A proposta, que agora segue para o Senado, não é brincadeira. Estamos falando de uma emenda constitucional que pode alterar profundamente as regras do jogo fiscal. O governo argumenta que a medida é essencial para fechar as contas públicas e manter programas sociais funcionando.
Mas os críticos — e aqui incluímos aqueles três deputados acreanos que votaram contra — alertam: o custo pode cair no bolso do cidadão comum. É aquela velha história — de onde virá o dinheiro?
O que me faz pensar: será que nossos representantes estão realmente levando em conta o interesse do povo acreano, ou apenas seguindo a cartilha dos partidos? Difícil dizer, mas os números falam por si.
Um retrato da divisão política
Olhando de perto, dá para ver um padrão interessante. A base governista — incluindo aqueles quatro votos favoráveis do Acre — fez coro ao Palácio do Planalto. Já a oposição... bem, a oposição fez o seu papel de oposição.
O que surpreende, confesso, é ver como mesmo dentro de um estado pequeno como o nosso as posições podem ser tão distintas. Quatro a três não é exatamente uma diferença abissal, mas revela que há espaço para debate — e que nosso estado não fala em uníssono quando o assunto é dinheiro público.
Resta agora aguardar o desfecho no Senado. Enquanto isso, fica a pergunta no ar: você, cidadão acreano, aprovaria essa PEC? Os números sugerem que nossos deputados estão divididos — assim como provavelmente está a população.
Uma coisa é certa: em tempos de orçamento apertado, cada voto conta. E os do Acre, desta vez, podem ter feito a diferença.