
Não é todo dia que a Justiça Eleitoral dá um puxão de orelha que faz barulho. Dessa vez, o alvo foi Silvinei Vasques, ex-assessor do gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. O cara foi pego com a boca na botija — ou melhor, com os recursos públicos no bolso — e agora vai ter que desembolsar uma grana preta: R$ 546 mil.
Pois é, meu amigo. O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) não perdoou. Segundo os juízes, Vasques usou dinheiro público para fazer campanha pró-Bolsonaro em 2018. E olha que a lei é clara: isso é jabá eleitoral, e tá longe de ser legal.
O que rolou, afinal?
O caso é daqueles que dão nó na cabeça. Vasques, que na época era assessor parlamentar, desviou verba destinada a serviços gráficos (aqueles panfletos e cartazes, sabe?) para imprimir material de campanha. Só que, em vez de falar de projetos ou propostas, os folhetos eram pura e simplesmente "vote em Bolsonaro".
Detalhe: a impressão foi feita pela gráfica da Câmara. Ou seja, o contribuinte pagou a conta — e sem nem saber.
E agora, José?
Além da multa astronômica, Vasques perdeu os direitos políticos por três anos. Isso significa que, até 2026, ele não pode se candidatar, nem mesmo ser nomeado para cargos públicos.
"Mas e o Bolsonaro?" — você deve estar se perguntando. Bom, o ex-presidente não foi citado diretamente na decisão. A Justiça considerou que não havia provas suficientes de que ele sabia da maracutaia. Mas, convenhamos, a situação não ajuda em nada a imagem dele, né?
Ah, e tem mais: a condenação ainda pode ser recorrida. Vasques já avisou que vai tentar reverter a decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas, pelo histórico recente, as chances não parecem das melhores.