
Que fase, hein? O ministro Luís Roberto Barroso, aquele mesmo que virou quase uma figura do cotidiano brasileiro nos últimos anos, resolveu abrir o jogo sobre sua experiência à frente do Tribunal Superior Eleitoral. E olha, não foram águas tranquilas - longe disso.
"Aqueles não foram tempos banais", admitiu ele, com aquela franqueza que já conhecemos. Mas eis que vem a surpresa: "Não carrego comigo nenhuma tristeza". Parece até contraintuitivo, considerando a montanha-russa emocional que foi conduzir as eleições brasileiras nesse período conturbado.
O peso da toga e a leveza da consciência
Imagina só a cena: Barroso lá no plenário, enfrentando não apenas questões jurídicas complexas, mas também um ambiente político que mais parecia um campo minado. Ainda assim, o ministro garante que sai dessa experiência com a consciência tranquila. Quem dera todos nós conseguíssemos essa proeza no nosso dia a dia, não é mesmo?
Ele não nega as dificuldades - seria ingenuidade fazer isso. Mas prefere focar no aprendizado, na experiência acumulada. "Foi um período de muito trabalho, de muitas decisões importantes", reflete, sem aquele tom dramático que alguns esperariam.
Democracia: essa nossa aventura coletiva
O interessante é como Barroso enxerga todo esse processo. Para ele, mais do que cumprir obrigações institucionais, estava contribuindo para fortalecer algo maior: a democracia brasileira. E convenhamos, nos tempos atuais, isso não é pouca coisa.
Pensa bem: quantas vezes nós, cidadãos comuns, reclamamos das instituições sem parar para considerar o trabalho hercúleo de quem está lá dentro tentando fazer as coisas funcionarem? Barroso, com suas declarações, quase nos convida a essa reflexão.
O futuro que se desenha
Agora, com o mandato no TSE encerrado, o que esperar? O ministro não entra em detalhes específicos, mas deixa transparecer que seguirá sua trajetória com a mesma serenidade que demonstrou nessa entrevista. Algo raro nos dias de hoje, onde tudo parece urgente e explosivo.
E cá entre nós, num país onde as paixões políticas frequentemente dominam o debate público, ouvir uma voz ponderada como a dele até que faz bem. Não resolve todos os problemas, claro - mas pelo menos oferece um contraponto à gritaria generalizada.
No fim das contas, a mensagem que fica é quase filosófica: é possível passar por tempos turbulentos sem sair deles amargurado. Difícil? Com certeza. Mas, segundo Barroso, não impossível. Resta saber se nós, brasileiros, conseguiremos aprender essa lição coletivamente.