
Era pra ser um daqueles dias que mudam tudo. Sabe quando você marca uma reunião importante, aquele encontro que pode definir os rumos dos próximos meses? Pois é, mas o plano desmoronou mais rápido que castelo de areia na praia de Copacabana.
O governador Cláudio Castro tinha agenda marcada com ninguém menos que o ministro da Justiça, Ricardo Cappelli. Terça-feira, 14h, gabinete ministerial - tudo certinho, como se fosse mais um capítulo da velha política brasileira. Mas aí a realidade resolveu dar seus próprios passos.
O que aconteceu nos bastidores?
Dois líderes militares do Rio presos. Sim, você leu direito. A Polícia Civil, numa operação que pegou todo mundo de surpresa - e olha que no Rio surpresa é artigo raro - prendeu esses oficiais. Detalhe: eram justamente pessoas que teriam participado da tal reunião.
O governo federal, sem papas na língua, cancelou tudo. Não foi um "vamos adiar", não foi um "precisamos remarcar". Foi um corte limpo, direto e seco. Alguém no Planalto deve ter pensado: "melhor não misturar as coisas agora".
E o governador?
Cláudio Castro, coitado, deve ter ficado com aquela sensação de quem prepara festa e ninguém aparece. Ele já estava em Brasília, pronto pra reunião. Imagina a cena: o cara se desloca, arruma a agenda, e do nada - puff - encontro cancelado.
O pior é que essa reunião não era qualquer uma. Tinha um peso político enorme. Depois de meses de tensão entre União e estado sobre segurança pública, finalmente iam sentar pra conversar como adultos. Mas parece que o destino tinha outros planos.
O que significa tudo isso?
Bom, dá pra ler de várias formas. Alguns vão dizer que mostra como as instituições estão funcionando - a polícia prende, o governo se reposiciona. Outros vão ver aí um sinal claro de que a coordenação entre esferas de poder está mais frágil que vidro fino.
O certo é que o Rio continua sendo aquele caldeirão fervendo que a gente conhece. Só que agora com ingredientes novos: líderes militares na cadeia, reuniões canceladas e um governador esperando em vão.
E você, o que acha? Será que foi apenas uma coincidência ou tem jogo de poder por trás disso tudo? Uma coisa é certa: no tabuleiro político brasileiro, as peças continuam se movendo quando a gente menos espera.