
Eis que a cena se repete, mas com um detalhe que não passa despercebido: a Procuradoria-Geral da República decidiu meter a colher na questão da segurança do ex-presidente. Não é de hoje que o tema gera burburinho, mas agora ganhou contornos oficiais — e, convenhamos, bem polêmicos.
A PGR, na figura do subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, simplesmente encaminhou um ofício ao Supremo Tribunal Federal. O teor? Um pedido direto, sem rodeios, para que a Polícia Militar do Distrito Federal fortaleça — e muito — a vigilância no Alphaville, mais precisamente no condomínio onde Bolsonaro reside.
Nada disso surgiu do nada. Tudo começou com uma representação feita pela defensoria pública, que alertou para supostas ameaças reais contra o ex-mandatário. A partir daí, a máquina judicial começou a girar.
E o STF? Bem, o Supremo já havia determinado um esquema especial de proteção — mas, pelo visto, a PGR acha que ainda é pouco. Querem mais efetivos, mais viaturas, mais tudo. O argumento é de que a medida é "imprescindível para a integridade física" do ex-presidente.
Mas é claro que nem todo mundo engoliu a história. Há quem questione: até que ponto isso é necessidade real e até que ponto é um privilégio disfarçado? Afinal, recursos públicos são limitados — será que não há outras prioridades?
O fato é que o tema está longe de ser pacífico. De um lado, a defesa de Bolsonaro comemora a iniciativa. Do outro, críticos torcem o nariz para mais essa movimentação.
Enquanto isso, o Distrito Federal segue no centro de mais um capítulo da novela política brasileira. E a pergunta que fica é: será que vai colar?