
O plenário virou palco de um verdadeiro cabo de guerra nesta quarta-feira. Enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira, tentava acalmar os ânimos, um grupo de parlamentares da oposição — diga-se de passagem, bastante vocal — simplesmente ignorou a ordem de desocupação emitida pelo deputado Motta.
Não é todo dia que se vê cena assim. Os resistentes, com cara de quem não pretendem sair tão cedo, transformaram o local numa espécie de quartel-general improvisado. "Não vamos ceder", disparou um deles, enquanto ajustava o microfone como quem prepara uma trincheira.
O jogo político esquenta
Lira, por sua vez, parecia tentar apagar fogo com gasolina. Entre reuniões relâmpagos e telefonemas não tão discretos, o presidente da Casa claramente não esperava por essa resistência férrea. E agora? A pergunta paira no ar mais pesado que o calor de Brasília em agosto.
Curiosamente, enquanto isso:
- Aliados do governo cochichavam nos corredores
- Assessores corriam com pastas embaixo do braço
- Até os seguranças pareciam não saber bem como agir
Numa jogada que mistura teatro político com estratégia de guerrilha parlamentar, a oposição parece ter encontrado seu momento de protagonismo. Será que cola? Difícil dizer, mas uma coisa é certa: o plenário nunca pareceu tão pequeno para tanta tensão.
E o povo?
Ah, o povo... Enquanto os deputados medem forças, lá fora a população segue sua vida, meio alheia a esse circo — ou melhor, a esse drama político que mais parece novela das nove. Só que, diferentemente da ficção, aqui as consequências são bem reais.