Justiça obriga governo federal a garantir remédios no Maranhão — entenda o caso
Justiça obriga governo federal a enviar remédios ao MA

O que era um grito de socorro virou ordem judicial. Nesta quinta (15), a Justiça deu um puxão de orelha no governo federal — e não foi pouco. Determinou, sem rodeios, que regularizasse imediatamente o envio de remédios para o Maranhão. Estado que, diga-se, tá mais seco que cuscuz sem água.

Não é brincadeira. Hospitais e postos de saúde maranhenses estão operando no modo "fazer milagre". Falta de tudo: desde analgésicos básicos até medicamentos para doenças crônicas. E olha que a situação já vinha num fio de paciência desde o começo do ano.

O que diz a decisão?

A sentença, assinada pelo juiz Rafael Fialho, não deixou margem para interpretações criativas. Ordena:

  • Reabastecimento emergencial em 72 horas
  • Criação de um plano de distribuição mensal
  • Transparência total nos processos

"Inadmissível" foi a palavra que mais apareceu nos 15 páginas do documento. Dá pra sentir a caneta batendo na mesa, né?

E o governo?

O Ministério da Saúde — que até agora só dava respostas evasivas — prometeu cumprir a decisão "na íntegra". Mas sabe como é... Entre o dito e o feito, tem um abismo de burocracia. A população, claro, tá com o pé atrás.

Enquanto isso, nas farmácias populares, a cena é de filme distópico: prateleiras vazias e gente revirando estoque atrás de um simples anti-hipertensivo. "Tá pior que época de desabastecimento na pandemia", reclama Dona Maria, 62 anos, que percorre três municípios atrás da sua medicação.

O caso virou um verdadeiro cabo de guerra entre:

  1. Defensoria Pública (que acionou a Justiça)
  2. Governo estadual (que joga a culpa na União)
  3. Ministério da Saúde (que fala em "logística complexa")

Enquanto os ânimos se acirram nos gabinetes com ar-condicionado, João, diabético de 14 anos, depende de doações para controlar a glicemia. "É de cortar o coração", desabafa a mãe, mostrando frascos de insulina quase vazios.

E agora? A bola está com o governo federal. Se não cumprir, multa diária pesada no bolso — e, pior, na consciência. O Maranhão espera. E o relógio corre.