
O cenário político brasileiro está pegando fogo — e dessa vez as chamas vêm do gabinete da deputada federal Erika Hilton. Num movimento que pegou muitos de surpresa, a parlamentar decidiu acionar o Tribunal Superior Eleitoral contra ninguém menos que Eduardo Bolsonaro.
O que está em jogo? Bem, a possibilidade real do filho do ex-presidente ficar de fora das eleições de 2026. Parece coisa de filme, mas é a pura realidade dos bastidores do poder.
As acusações que podem mudar tudo
Erika Hilton não está brincando em serviço. Ela apresentou uma representação formal ao TSE argumentando que Eduardo Bolsonaro cometeu — atenção ao termo — "abuso de poder político" e "uso indevido dos meios de comunicação".
Mas o que realmente chamou a atenção foram as tais "ameaças às instituições democráticas". Segundo a deputada, o parlamentar bolsonarista teria feito declarações que, nas palavras dela, "cheiram a golpe" e "ferem de morte o processo eleitoral".
Não são acusações pequenas, convenhamos.
O timing é tudo
O que mais me intriga nessa história toda é o momento escolhido. Dois anos antes das eleições, Erika resolveu puxar o freio de mão na possível candidatura de Eduardo. É como um xeque-mate antecipado no xadrez político.
Ela mesma admitiu: "Quero que ele seja declarado inelegível antes que possa sequer pensar em se candidatar". Francamente, é uma jogada ousada — do tipo que ou dá muito certo ou desanda completamente.
Os precedentes que assustam
Quem acompanha política sabe que o TSE já mostrou que não tem medo de declarar inelegibilidades. O caso mais emblemático? O próprio Jair Bolsonaro, que levou uma canetada do tribunal e ficou de fora da disputa municipal deste ano.
Isso cria um precedente perigoso — ou saudável, dependendo de que lado você está — para a família Bolsonaro. A pergunta que fica: será que o filho vai seguir os passos do pai nesse aspecto específico?
O que me preocupa é o efeito dominó que isso pode causar. Se toda declaração mais contundente virar motivo para processo de inelegibilidade, vamos acabar com um Congresso de mudos.
A defesa se prepara
Do lado de Eduardo, as fontes que conversei garantem que a defesa está se armando até os dentes. Eles devem argumentar que as declarações foram tiradas de contexto e que se trata de uma "perseguição política disfarçada de zelo democrático".
É aquela velha história: onde uns veem ameaça à democracia, outros enxergam mero exercício da liberdade de expressão. O TSE que se vire para decifrar esse quebra-cabeça.
O que esperar dos próximos capítulos
Minha aposta? Vai ser uma briga longa e suja. Esses processos eleitorais têm o condão de arrastar-se por meses — às vezes anos — e geram mais polêmica do que solução.
Enquanto isso, a máquina política não para. De um lado, Erika Hilton se consolida como uma das vozes mais incômodas para o bolsonarismo. Do outro, Eduardo tenta virar a página e se desvencilhar da sombra do pai.
Uma coisa é certa: as eleições de 2026 já começaram — e prometem ser mais turbulentas do que qualquer um poderia imaginar.