CPI do INSS endurece: condução coercitiva para quem se recusar a depor
CPI do INSS: condução coercitiva para quem recusar depor

A coisa esquentou de verdade na CPI do INSS. E quando digo que esquentou, é porque a situação chegou a um ponto que ninguém mais está brincando em serviço. A sessão desta quarta-feira foi daquelas que ficam na história — e olha que essa comissão já vinha dando o que falar.

Pensa num tumulto. Agora multiplica por dez. A confusão começou quando a polícia legislativa — sim, eles estavam lá em peso — precisou intervir para conter a baderna. Dois assessores parlamentares acabaram detidos, o que só aumentou o clima de tensão que já pairava no ar.

O pulso firme da comissão

Mas o verdadeiro terremoto veio mesmo com o anúncio do relator, deputado Fábio Macedo. O homem chegou com tudo: a partir de agora, quem se recusar a depor vai conhecer de perto o significado de "condução coercitiva". E não é ameaça vaga não — eles já têm até nomes na lista.

O primeiro da fila é ninguém menos que o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. O prazo? Apenas cinco dias. Parece que o tempo da boa vontade acabou de vez.

As peças que começam a se mover

O que me deixa pensando é como essa história toda vem se desenrolando. Primeiro foram as suspeitas, depois as investigações, e agora essa postura dura, quase inflexível. A comissão claramente perdeu a paciência com o que chamaram de "estratégias protelatórias".

E não é para menos. A quantidade de dinheiro público que pode ter sido desviado é coisa de fazer qualquer um perder o sono. Só no esquema das pensões por morte, as estimativas apontam para valores que beiram o absurdo.

O que esperar dos próximos capítulos

Agora a pergunta que não quer calar: como vai ser quando começarem as conduções coercitivas de verdade? Porque tem uma diferença enorme entre ameaçar e realmente colocar a ameaça em prática.

O que me dizem por aí é que a comissão está disposta a ir até as últimas consequências. E considerando o que aconteceu hoje, eu não duvido nem um pouco. Aquele velho ditado — "cão que late não morde" — parece não se aplicar aqui.

Uma coisa é certa: os próximos depoimentos prometem. E quando digo prometem, é promessa de fogo, confusão e — quem sabe — algumas revelações que podem mudar muita coisa.

Fica o alerta para quem ainda pensa em dar perdido na convocação: o tempo do "depois eu resolvo" acabou. A CPI do INSS mostrou hoje que veio para ficar — e para fazer barulho.