Pesquisa Explosiva no Piauí: Apoio de Bolsonaro Vira Âncora para Ciro Nogueira
Bolsonaro vira âncora para Ciro Nogueira no Piauí

Os ventos políticos no Piauí sopram contra uma das figuras mais emblemáticas do estado. Ciro Nogueira, que já foi considerado um dos políticos mais influentes da região, agora enfrenta uma maré baixíssima—e o motivo, pasmem, parece ser justamente seu aliado mais famoso.

Uma pesquisa encomendada para as eleições do Senado em 2026—sim, ainda há tempo, mas o clima já esquenta—traz números que fariam qualquer estrategista político perder o sono. A associação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, longe de ajudar, está funcionando como uma verdadeira âncora para a candidatura de Ciro.

Os números que não mentem

Quando os entrevistadores bateram de porta em porta pelo estado, o que encontraram foi um cenário desolador para o atual aliado do Palácio do Planalto. A rejeição a Ciro Nogueira disparou de forma impressionante, especialmente entre eleitores que se declaram neutros ou moderados. Parece que a sombra de Bolsonaro é longa—e pesada.

Não é exagero dizer que a pesquisa pegou muitos de surpresa. Afinal, Ciro sempre teve seu reduto, seu quintal político bem cuidado. Mas eis que o terreno começa a apresentar rachaduras sérias. A pergunta que fica no ar: será que o piauiense está revendo suas lealdades?

O efeito dominó da impopularidade

O que mais chama atenção—e aqui vai uma análise mais pessoal—é como a impopularidade de uma figura nacional consegue contaminar tanto uma carreira estadual consolidada. Não se trata apenas de uma queda nas intenções de voto; é como se o eleitor estivesse reprovando toda uma trajetória política por conta de uma única associação.

Os especialistas consultados pela pesquisa foram categóricos: o "efeito Bolsonaro" no Piauí é real e mensurável. E vai além dos tradicionais embates entre esquerda e direita—atinge aquela massa volátil que decide eleições, o tal do centrão eleitoral que não quer saber de radicalismos.

E agora, José?

Para a estratégia de Ciro Nogueira, os dados são um balde de água fria. Como conciliar a lealdade nacional com a sobrevivência política local? Difícil resposta. Alguns aliados já sussurram nos corredores que talvez seja hora de um certo distanciamento—mas fazer isso sem alienar a base bolsonarista é um equilíbrio quase impossível.

O certo é que o Piauí, tradicionalmente um estado com suas próprias dinâmicas políticas, parece estar absorvendo as polarizações nacionais de maneira mais intensa do que se imaginava. E Ciro Nogueira, que sempre navegou bem pelas águas da política local, pode estar enfrentando sua tempestade perfeita.

Resta saber se há tempo para corrigir a rota—ou se o naufrágio político já é inevitável. Uma coisa é certa: as eleições de 2026 prometem agitação no Nordeste.