O coração de Itapetinga parou por um instante nesta terça-feira. Michel Hagge, um daqueles nomes que a gente acostuma a ver nos livros de história local, partiu aos 83 anos. Parece até estranho pensar que aquela figura sempre presente na vida política da cidade não está mais entre nós.
O velório — coisa triste, mas necessária — aconteceu no Espaço Santa Helena, enquanto o sepultamento seguiu para o Cemitério Parque. Família, amigos, antigos aliados políticos... todos reunidos para dar o último adeus a quem tanto falou em desenvolvimento durante seus anos à frente da prefeitura.
Três vezes no comando
Caramba, três mandatos não são pouca coisa. Hagge esteve no comando da prefeitura em três ocasiões diferentes: de 1997 a 2000, depois de 2005 a 2008, e finalmente entre 2017 e 2020. Uma trajetória que atravessou décadas e testemunhou as transformações da cidade.
Entre uma gestão e outra, ele ainda serviu como secretário de Infraestrutura — deve ter conhecido cada rua, cada obra, cada canto desse município como a palma da sua mão.
Um legado que permanece
É curioso pensar como algumas pessoas deixam marcas tão profundas. Hagge não era apenas mais um político qualquer — era parte da paisagem humana de Itapetinga. Suas ideias, seus projetos, suas decisões moldaram em parte a cidade que existe hoje.
Quem viveu aqueles anos sob sua administração provavelmente guarda memórias — umas boas, outras talvez nem tanto, porque política é assim mesmo. Mas inegável é que ele fez história.
Agora, com sua partida, resta o silêncio onde antes havia sua voz. E Itapetinga, essa cidade do interior baiano que ele tanto amou — pelo menos é o que se presume de quem dedica tanto tempo a administrá-la —, perde um pedaço de sua memória viva.
Descanse em paz, Michel Hagge. Sua história, pelo menos, permanecerá.
